Os ciganos são cidadãos europeus como os outros?

Questão de Vincent, France :
“Chamo-me Vincent e tenho uma questão sobre o que aconteceu aos ciganos, há um ano. É normal que que os deslocalizemos de França, quendo eles fazem parte do espaço Shengen, são europeus…eu não acho isso normal que os mudemos de país assim e gostava de saber porquê.”
Resposta de Claudia Charles, do GISTI – Grupo de Informação e apoio aos imimgrantes:
“- Podemos dizer, efetivamente, que não é normal que se possa expulsar, mais do que deslocalizar, ciganos.
Os ciganos originários da Roménia e da Bulgária são cidadaos europeus como os cidadaos das outras 25 nacionalidades que integram a União Europeia.
Mas é preciso distinguir o Espaço Shengen da União Europeia que não são, de todo a mesma coisa.”
- Os países europeus de Shengen :
Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Itália, Luxembourgo, Holanda, Portugal, Suécia,
Estónie, Hungria, Letónia, Lituânia, Malta, Polnia, República. Checa, Eslováquia e Eslovénia.
Estão no espaço Schengen os Estados não membros a Islândia, Noruega e Suiça.
- Europeus fora de Schengen:
Reino Unido Irlanda, Chipre, Roménia e Bulgária.
“O que a França fez no ano passado e o que continua a fazer à margem da legalidade é porque um cidadão da UE deve reunir, em determinadas condições e em certos casos, uma série de condições para estar legalmente num Estado membro da União Européia, também é verdade que os ciganos são discriminados no âmbito laboral, no acesso ao alojamento, e à educação.
É verdade que estas questões não se colocam apenas em relação aos ciganos, mas estão bem no centro da atualidade porque, como todos sabem, a França e a Itália pediram conjuntamente à Comissão Europeia e ao Conselho da União Européeia que modifiquem as condições de circulação no Espaço Schengen.
Vamos ver como as coisas se vão passar, vamos ver qual será a poposta da Comissão Europeia em relação às condições de passagem nas fronteiras internas. É preciso lembrar que, no seguimento da questão dos imigrantes tunisinos, estamos a colocar em causa o princípio da livre circulação, o que vai contra as expetativas dos migrantes e também pode afetar a livre circulação dos cidadãos da União Europeia. “