Parlamento Europeu homenageia vítimas dos atentados de Paris

O minuto de silêncio no hemiciclo de Estrasburgo marcou a homenagem às vítimas dos ataques de Paris. Na primeira sessão plenária do Parlamento Europeu deste ano, o combate ao terrorismo é tema em destaque.
A Comissão Europeia ter garantido que vai estudar todas as formas possíveis, dentro das regras já existentes de aumentar o controlo das fronteiras europeias.
Uma intenção que levanta reservas. Viviane Reding, eurodeputada de centro direita, lembra que “não se podem eliminar direitos individuais por causa dos ataques terroristas que ocorreram. O Tribunal de Justiça já foi claro neste aspecto. Deve existir um equilíbrio entre as necessidades da polícia e de segurança, por um lado, e, por outro, os direitos dos indivíduos, direitos esses que estão inscritos nos Tratados” explica a luxemburguesa.
O eurodeputado britânico, Nigel Farage, não acredita que se vá fazer muito. O eurocéptico disse mesmo que “Já tinha previsto que uma das coisas que ia ser concluída aqui, hoje, era que a União Europeia precisa de mais poder. Esta é uma conclusão lógica que surge na União Europeia sempre que há uma crise”.
Mas a Comissão Europeia disse mesmo que, em última instância, se podem modificar as regras dos acordos de Schengen. A porta-voz de Jean-Claude Juncker, Natasha Bertaud, explicou em Bruxelas que é tempo de “reflexão” e de avaliação das “lições” a tirar dos atentados de Paris.
A questão do combate ao terrorismo vai ser analisado no primeiro debate do novo presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, com os eurodeputados, na terça-feira à tarde. Neste debate vai estar também o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.