Comissão Europeia acusa a Google de abuso de posição dominante

A Comissão Europeia acusa a Google de abuso de posição dominante nos mercados de serviços gerais de busca na Internet. Bruxelas enviou à gigante tecnológica uma comunicação de objecções, defendendo que a empresa favorece sistematicamente os próprios serviços, asfixiando a concorrência e prejudicando os consumidores europeus.
A comissária europeia da Concorrência, Margrethe Vestager, explica que “existem suspeitas e indícios nas investigações preliminares que demonstram que a Google dá vantagem à própria empresa nos resultados das pesquisas quando, por exemplo, destaca o Google Shopping e relega os concorrentes para posições inferiores.
A Direção-Geral da Concorrência da União Europeia – DGComp – tem estado a investigar a empresa desde 2010.
No Parlamento Europeu, o eurodeputado alemão de centro direita, Andreas Schwab, lembra que “é evidente que as leis da concorrência europeias permitem à Comissão avançar com penas pesadas o que é uma verdadeira oportunidade para que a Europa consiga criar um mercado interno justo e aberto na era digital”.
Entretanto a Google já reagiu a estas acusações garantindo que não tem qualquer política de concorrência injusta e apresenta dados que demostram que os resultados das pesquisas não interferem nas escohlas dos consumidores.
Mas a comissária Margrethe Vestager diz que o mais importante é a defesa dos consumidores e saber se têm opções suficientes , inovação suficiente, uma vez que a inovação e um motor de crescimento do e comércio eléctronico.
O executivo europeu deu também início a uma investigação ‘antitrust” sobre a conduta da Google no que diz respeito ao sistema operativo Android para dispositivos móveis.
Se se confirmarem as acusações, a gigante norte-americana pode vir a ser multada em mais de 5.5 mil milhões de euros.