Hungria volta atrás e diz que admitirá requerentes de asilo vindos de outros Estados-membros

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De  Pedro Sacadura com Reuters, AFP
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O Governo húngaro negou esta quarta-feira que venha a rejeitar a devolução dos requerentes de asilo que entram na União Europeia através do país e

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O Governo húngaro negou esta quarta-feira que venha a rejeitar a devolução dos requerentes de asilo que entram na União Europeia através do país e que depois rumaram a outro Estado-membro.

O embaixador da Hungria junto da União Europeia, Péter Györkös, desfaz as dúvidas em relação ao anúncio desta terça-feira, da suspensão da aplicação da Convenção de Dublin: “o Governo húngaro não tomou qualquer decisão legal para suspender a implementação e aplicação da Convenção de Dublin. Apenas pedimos um pouco de paciência e solidariedade em relação às transferências para a Hungria.”

Milhares de migrantes chegam à Hungria usando a chamada “rota dos Balcãs” rumo à Europa.

Por essa razão, Budapeste critica as propostas da Comissão Europeia e insurge-se contra o polémico sistema de quotas.

“Há uma palavra muito importante. Um sistema deste tipo deveria ser estabelecido numa base voluntária. Não vemos qualquer razão para mudar a linguagem acordada ao mais alto nível político. A Comissão tem o direito de propor iniciativas, não coloco isso em causa, mas pertencemos ao grupo de Estados-membros que considera que o processo se deve fazer de forma voluntária”, sublinha Péter Györkös.

A Comissão Europeia, por outro lado, mantém a proposta, que deverá ser defendida na cimeira que arranca esta quinta-feira, de pedra e cal.

“Mantemos a proposta que foi apresentada. Consideramos que esta é a proposta certa, que serve o nosso povo. Não só é moralmente correta, como é do nosso interesse, mesmo em termos de segurança. Por isso mantemos a nossa proposta”, disse Kristalina Georgieva, a comissária para o Orçamento e Recursos Humanos.

A Convenção de Dublin prevê que um requerente de asilo só pode solicitar refúgio no primeiro país por onde entrou no bloco europeu.

Um em cada cinco migrantes chega à União Europeia através da Hungria.

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