O Parlamento Europeu aprovou esta quarta-feira as recomendações com as prioridades para a negociação com os Estados Unidos da Parceria Transatlântica
O Parlamento Europeu aprovou esta quarta-feira as recomendações com as prioridades para a negociação com os Estados Unidos da Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP no acrónimo em inglês.)
A resolução obteve “luz verde” graças a um compromisso sobre o sistema de arbitragem para os investidores, defendendo-se o trabalho de juízes profissionais, independentes e nomeados pelo poder público.
“Claramente colocou-se a arbitragem extra-judicial no caixote do lixo da história. Está claro que os tribunais privados não têm futuro em acordos de comércio. Vamos trabalhar num novo sistema, que corresponde a um tribunal público”, explicou Bernd Lange, eurodeputado alemão da Aliança dos Socialistas e Democratas e presidente da Comissão do Comércio Internacional.
Os verdes e a Esquerda Unitária Europeia são vozes críticas porque consideram, entre outras coisas, que vários padrões europeus serão afetados pelo acordo.
“Queríamos ter um voto contra esta resolução sobre o Tratado Transatlântico de Livre Comércio e Investimento porque há muitos riscos em matéria de segurança alimentar, do ambiente, direitos sociais, serviços públicos e cooperação regulamentar”, sublinhou o eurodeputado Verde francês Yannick Jadot.
A parceria pode potenciar o crescimento e fortalecer o mercado de trabalho nos dois lado do Atlântico, mas está longe de gerar consenso. Várias organizações em toda a Europa manifestam-se ativamente contra o acordo quer nas ruas quer nas redes sociais.