Kosovo, mais próximo da família europeia

Em nome de uma maior integração no seio do bloco comunitário, o primeiro-ministro do Kosovo assinou, esta terça-feira, no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, um acordo “estabilização e associação” com a União Europeia.
Além de Isa Mustafa, também o ministro kosovar da Integração, Bekim Collaku, assinou o documento. O lado europeu esteve representado pelo comissário para o Alargamento, Johannes Hahn, e pela Alta Representante da União Europeia para a Política Externa e Segurança, Federica Mogherini.
Esta é geralmente a primeira etapa de um longo processo de adesão, que já foi percorrida por países dos Balcãs.
Muitos kosovares partem rumo a nações europeias. O primeiro-ministro, Isa Mustafa, diz que a situação está controlada: “Até janeiro deste ano houve um número significativo de kosovares que migraram para a União Europeia, em particular para a Alemanha, mas conseguimos deter este fluxo de migrantes e reintegrámos cerca de 20 mil. Comprometemo-nos também a reintegrar aqueles que quiserem voltar.”
A oposição kosovar já fez notar o desagrado com um acordo, mediado pela União Europeia, com a Sérvia, que atribui poderes adicionais à minoria sérvia no norte do Kosovo.
Recentemente, as ruas de Pristina foram palco de confrontos e na semana passada o parlamento kosovar teve de ser evacuado porque elementos da oposição lançaram gás lacrimogéneo. Querem que o Governo retroceda no acordo porque alegam que coloca em causa a identidade territorial do Kosovo.
O Kosovo depara-se com a rejeição de cinco Estados-membros, que não reconhecem a independência da Sérvia, autoproclamada em 2008.