Tribunal de Contas Europeu critica Comissão

O Tribunal de Contas Europeu considera “globalmente fraca” a forma como a Comissão Europeia aplicou e geriu o processo dos resgates financeiros em vários países do velho continente como a Irlanda ou Portugal.
Num relatório, os auditores denunciam inconsistência no tratamento dados aos vários Estados, mas referem que apesar da falta de experiência da Comissão, os resgates deram frutos.
Um fato que o executivo comunitário faz questão de reforçar.
“O Tribunal reconhece, claramente, que os programas deram resposta ao objetivo primário de permitir o regresso dos países em causa aos mercados e à via do crescimento. Alguns destes países revelam agora algumas das taxas de crescimento mais altas na Europa”, sublinhou, em conferência de imprensa, a porta-voz do executivo comunitário Annika Breidthardt.
A título de exemplo, Portugal é referido como a expressão do aumento da exigência. Se a Hungria, que foi o primeiro país a receber um resgate, teve um programa com cerca de 60 condições, em Portugal foram 400 as mudanças exigidas em nome de uma rota diferente de reformas apesar dar circunstâncias idênticas.
Os casos da Grécia e de Chipre serão tratados em separado pelos auditores.