A crise migratória é, oficialmente, o prato forte da cimeira União Europeia (UE)-Turquia, que arrancou em Bruxelas. À chegada ao encontro desta
A crise migratória é, oficialmente, o prato forte da cimeira União Europeia (UE)-Turquia, que arrancou em Bruxelas.
À chegada ao encontro desta segunda-feira, o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoğlu, fez, no entanto, questão de mostrar que o processo de integração da Turquia na UE também está na agenda: “A cimeira mostra como a Turquia é indispensável para a União Europeia e vice-versa. Temos muitos desafios pela frente. A única forma de responder a estes desafios é com solidariedade. (…) Estou certo de que estes desafios se resolverão através da nossa cooperação. A Turquia está pronta para trabalhar com a União Europeia e também para ser um Estado-membro da UE.”
À chegada à cimeira extraordinária com o aliado estratégico da União Europeia, o presidente francês, François Hollande, também fez questão de dissipar algumas dúvidas: “A cooperação com a Turquia não significa que aceitamos tudo da Turquia. Devemos manter-nos extremamente atentos a certas medidas que foram tomadas, nomeadamente em relação à imprensa. A imprensa deve ser livre, como em todo o lado, e principalmente na Turquia.”
O dossier migratório está longe de gerar consenso. A chanceler alemã, Angela Merkel, referiu que “a Europa precisa de uma solução sustentável” e que “o combate à migração ilegal só é possível com a Turquia.”
Gülsüm Alan, euronews – Face à crise migratória, a União Europeia encontra-se entre a espada e a parede e dá muita importância ao apoio que a Turquia pode prestar. Em três meses, esta é a segunda visita do primeiro-ministro turco a Bruxelas. Para Ancara, a resolução da crise migratória está associada à resolução do conflito sírio.