As longas filas de cidadãos turcos que anseiam por obter o visto para viajar na União Europeia (UE) parecem ter os dias contados. A Comissão Europeia
As longas filas de cidadãos turcos que anseiam por obter o visto para viajar na União Europeia (UE) parecem ter os dias contados.
A Comissão Europeia propôs, esta quarta-feira, a isenção de vistos para nacionais turcos a partir de junho. Esta contrapartida de Ancara soma-se à exigência de um pacote financeiro de seis mil milhões de euros e de um novo impulso no processo de adesão do país à UE. Tudo está contemplado no acordo com o bloco comunitário para fazer face à crise migratória.
“A crise de refugiados e os fluxos de pessoas rumo à Europa através da Turquia são, de certa forma, um catalisador para a Turquia se aproximar mais da Europa”, disse o comissário europeu com a pasta da Imigração, Assuntos Internos e Cidadania, Dimitris Avramopoulos.
A Comissão Europeia ressalva que apesar dos progressos registados no cumprimento de requisitos exigidos, Ancara ainda tem trabalho pela frente.
Ainda no quadro da crise migratória, o executivo comunitário propôs, também esta quarta-feira, um novo sistema europeu de asilo que prevê uma “contribuição solidária”. Na prática trata-se de uma espécie de sanção a aplicar aos Estados-membros que não cumpram o sistema de quotas obrigatório.
As contribuições, no valor de 250 mil euros por pessoa recusada, serão pagas ao país que aceite receber os refugiados.
“Ou enfrentamos este desafio juntos ou desistimos de fazer face ao problema, com consequências terríveis para todos, porque se não existe solidariedade aqui num curto período de tempo não haverá solidariedade em outros lados e em outros domínios”, sublinhou o vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans.
Os países que tiverem a capacidade de acolhimento completo e outros territórios como o Reino Unido, Irlanda e Dinamarca poderão escolher se querem fazer parte deste sistema.