Tentaram chegar à Europa mas a Líbia isolou-os

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A Líbia mergulhou no caos após a queda de Kadhafi. E centenas de milhares de migrantes amontoam-se em centros de detenção em condições sub-humanas.

Os líbios estão a pagar um preço demasiado elevado pelo caos em que o país mergulhou desde a queda de Kadhafi. Mas não só. Centenas de milhares de migrantes da África subsariana amontoam-se em centros de detenção em condições sub-humanas.

O Insiders foi até à Líbia, um país que mergulhou no caos desde o colapso do regime de Kadhafi há cinco anos e onde várias fações disputam o poder. Recentemente, as forças líbias reconquistaram território dominado pelo Daesh, o que trouxe um novo alento. Mas alcançar a paz parece uma meta demasiado longínqua, incluindo na capital, Tripoli. Há muito que este país se tornou numa placa giratória de migrantes da África subsariana rumo à Europa. Mas, numa altura em que há três governos paralelos, em que a unidade se encontra desmembrada, deixou de ser possível controlar as fronteiras terrestres com os seis países vizinhos. Este território tornou-se no destino de centenas de milhares de mulheres, crianças e homens que fogem da guerra e da pobreza.

No meio da instabilidade, os migrantes subsarianos vêm-se perante a realidade da violência, abusos e tráfico humano. A ajuda internacional nem sempre chega aos destinatários. Estes migrantes amontoam-se em centros de internamento em condições sub-humanas.

Vêm da Eritreia, da Costa do Marfim, dos Camarões, do Sudão, da República Democrática do Congo, entre outros. A Líbia não oferece a possibilidade de asilo, ou seja, estão todos em situação de ilegalidade. Grande parte sonha em alcançar a Europa, mas a travessia é cara e perigosa. Segundo a ONU, quase 5 mil migrantes perderam a vida no Mediterrâneo só em 2016. A jornalista Valérie Gauriat foi até Tripoli, onde se deparou com histórias de desespero: ver “Abusos, violência e esquecimento: Histórias de migrantes na Líbia”.

#migrantlivesmatterhttps://t.co/WnbzzA5pwM

— Mixed Migration Hub (@MixMigrationHub) 9 octobre 2016

Haverá uma saída para estes migrantes ou estão condenados a morrer na Líbia ou, eventualmente, na travessia rumo à Europa? A quem pertence a responsabilidade? O Insiders foi conhecer a opinião de Pedro Serrano, representante da política de segurança e defesa comum da União Europeia: ver “A UE “já salvou mais de 30 mil pessoas” no Mediterrâneo”.

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