A Europa vence a crise mas não a pobreza

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De  Euronews
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O declínio económico europeu parece pertencer ao passado. Mas a verdade é que quase 1 em cada 4 europeus encontra-se numa situação de pobreza relativa.

O declínio económico da Europa parece pertencer ao passado. As taxas de crescimento voltaram a ser positivas. O desemprego continua relativamente elevado, mas a níveis estáveis. Neste cenário mais auspicioso, falar de pobreza parece incoerente. No entanto, não é. Os números não estão a diminuir. Quase um em cada quatro europeus enfrenta um ou mais dos seguintes fatores: salários muito reduzidos, privação material severa e/ou exclusão social.

As consequências desta realidade sobre os mais novos são mais profundas: 27% das crianças europeias vivem em núcleos familiares desfavorecidos e isto acontece também em países como a França, a Alemanha ou o Reino Unido.

Mas é um contexto bastante mais evidente no leste e no sul da Europa. De acordo com o Eurostat, em 2016, a Espanha, por exemplo, registou um crescimento económico de 3,2%. Mas quase um em cada três espanhóis encontrava-se à beira do limiar de pobreza, ou seja, segundo os padrões nacionais, com rendimentos anuais inferiores a 8 mil euros. Na região da Andaluzia, mais de 40% das pessoas estão em risco de pobreza e exclusão social. A jornalista Valérie Gauriat foi saber porquê: ver “Quando a retoma nasce em Espanha, não é para todos”.

https://t.co/1dQs4tOmkj

— PAH Madrid (@PAH_Madrid) 26 juillet 2017

A segunda história leva-nos até à Alemanha, um país que apresenta uma das mais baixas taxas de desemprego da Europa. Mas a verdade é que a distribuição de rendimentos é muito desigual. 20% dos alemães vivem em situação de pobreza relativa. Muitos apontam o dedo às reformas laborais, que impulsionaram empregos precários a tempo parcial, por exemplo. A reportagem de Hans von der Brelie: Pobres trabalhadores alemães.

The increasing numbers of working-poor and non-working rich make a mockery of our so-called meritocracy.

— Robert Reich (@RBReich) 14 juillet 2017

O Insiders falou também com Monika Queisser, responsável do Departamento de Política Social da OCDE, sobre esta realidade da prevalência de pobreza relativa na Europa: uma entrevista em duas partes para ver em “Não é a reforma que compensa os problemas sofridos ao longo da vida” e “Os governos têm de regular a qualidade do emprego oferecido”.

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