Tal como as manifestações populares e os discursos políticos sobre a crise independentista da Catalunha, os apelos à mediação são uma constante mas continua a não se concretizar.
Tal como as manifestações populares e os discursos políticos sobre a crise independentista da Catalunha, os apelos à mediação são uma constante.
“É de diálogo que precisamos e foi criado algum espaço para isso. O chefe do governo regional da Catalunha, Carles Puigemont, absteve-se de declarar a independência e o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, não avançou com a suspensão da autonomia catalã. Agora, esses dois chefes de governo devem dialogar. Mas se nenhum tomar a iniciativa, talvez a Comissão Europeia deva oferecer os seus serviços para que se retome o diálogo”, disse, à euronews, Philippe Lamberts, eurodeputado belga e colíder dos Verdes no Parlamento Europeu.
Mas os eurodeputados espanhóis do centro-direita e do centro-esquerda não querem nem ouvir falar de mediação.
“A resposta não está na mediação. Não é esse o papel da União Europeia, pelo contrário. A União Europeia tem sido consistente na mensagem clara de que não há lugar na União para uma autoproclamada república da Catalunha, enquanto novo Estado-membro”, disse, à euronews, Juan Fernando López Aguilar, eurodeputado espanhol socialista.
Para contornar a situação, tem sido sugerido convocar outros agentes diplomáticos internacionais, tais como as Nações Unidas e o Vaticano.