Depois de apelar a um minuto de silêncio em memória de Daphne Caruana Galizia, o presidente do Parlamento Europeu defendeu a intervenção da Europol no inquérito ao atentado à bomba que vitimou a jornalista maltesa.
Conhecida pela investigação de casos de corrupção, a jornalista era alvo de ameaças de morte.
“As nossas instituições estão a falhar, o Estado de direito em Malta é problemático, temos um sistema institucional enfraquecido e temos de corrigir tudo isto. E alguém deveria assumir a responsabilidade por essa situação”, disse David Casa, eurodeputado maltês de centro-direita. em entrevista à euronews.
#EPlenary honoured murdered Maltese journalist Daphne Caruana Galizia w minute’s silence. Media freedom debate pm https://t.co/iSXc8GKMTEpic.twitter.com/WDeMLhwsI0
— European Parliament (@Europarl_EN) October 24, 2017
Dedicada à investigações sobre corrupção, a jornalista tinha em mãos mais um caso quente, segundo um eurodeputado alemão.
“É muito importante encontrar os assassinos de Daphne, mas também é preciso levar a sério o trabalho dela. Deve haver uma investigação completa e independente, com apoio internacional, por exemplo, vindo do procurador anti-máfia da Itália sobre alguns dos casos que a Daphne revelou”, disse Sven Giegold, ecologista.
O eurodeputado refere-se a uma investigação sobre uma rede ilícita de contrabando de combustível a operar na Líbia, Malta e Itália.
O procurador italiano Carmelo Zuccaro disse que a rede de crime organizado implicada no caso poderá estar por trás do assassinato da jornalista.
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