A liberdade condicional aplicada a Carles Puigdemont e a quatro conselheiros do ex-governo regional da Catalunha, pela justiça belga, ameaça causar ainda mais dano na já tensa relação entre este país e Espanha.
A liberdade condicional aplicada a Carles Puigdemont e a quatro conselheiros do ex-governo regional da Catalunha, pela justiça belga, ameaça causar ainda mais dano à já tensa relação entre este país e Espanha.
Durante o fim de semana, Jan Jambon, vice-primeiro ministro da Bélgica, que é um nacionalista flamengo, criticou o governo central de Madrid pela gestão da crise na Catalunha.
Em resposta, Esteban González Pons, eurodeputado espanhol de centro-direita, disse que Jan Jambon “pertence a um partido colaboracionista da ocupação alemã durante a Segunda Guerra Mundial. É um partido xenófobo, muito complicado. Não é um parceiro recomendável para ninguém”.
LAPRESSE#Puigdemont just set free, lashes out at Madrid. Tensions between spanish & belgian politicians. #Cataloniahttps://t.co/gJPldzjtpv
— Roots Messenger (@rootsmessenger) November 6, 2017
Em causa está a decisão da justiça espanhola de deter vários políticos catalães do movimento pró-independência.
Mark Demesmaeker, eurodeputado do partido nacionalista belga N-VA, realçou à euronews a independência do sistema belga, dizendo que “esta é uma questão sobre a qual cabe a um juiz decidir, não é algo em que os partidos políticos possam intervir”.
“Temos um sistema judicial independente, ao contrário do sistema espanhol que está extremamente politizado”, acrescentou.
O ex-primeiro-ministro socialista da Bélgica, Elio di Ruppo, também se mostrou crítico do governo de Espanha, escrevendo, no Twitter, que “Puigdemont abusou da sua posição, mas Rajoy comportou-se como um franquista autoritário. Vamos trabalhar no sentido de uma Espanha mais federalista”.
O governo espanhol manifestou, segunda-feira, o seu “máximo respeito” pela decisão do juiz belga.