NATO prepara duas novas estruturas de comando militar

A NATO prepara duas novas estruturas de comando militar para fazer face a novos desafios, tais como a difícil relação com a Rússia.
Uma delas serve para criar uma zona de livre circulação de tropas e equipamentos.
A outra visa reforçar a defesa contra submarinos hostis no Atlântico Norte.
“2014 foi um ano muito importante porque a NATO deixou de dar prioridade a intervenções no exterior para passar a ser uma organização que se foca na defesa coletiva dos seus membros. A invasão da Crimeia e outras atividades da Rússia, tais como o apoio aos separatistas no leste da Ucrânia, fizeram aumentar a sensação de risco interno em todos os aliados da NATO”, explicou Kristine Berzina, investigadora em segurança e defesa do German Marshall Fund of the US.
As medidas serão debatidas pelos ministros da Defesa dos 29 membros aliados, quarta e quinta-feira, em Bruxelas.
França e Alemanha têm tido um papel de liderança no esforço de tornar a Europa um pouco mais independente da ajuda norte-americana.
“A NATO está a preparar-se para aumentar a sua estrutura de comando, depois de décadas de redução após o fim da Guerra Fria. O contingente militar não atingirá o nível do início deste século, pelo que são sobretudo medidas simbólicas face à ameaça da Rússia. A aprovação das reformas deverá ocorrer na cimeira da NATO, na nova sede da Aliança, em julho do ano que vem”, acrescentou o correspondente da euronews em Bruxelas, Andei Beketov.