União Europeia tenta reavivar Parceria de Leste

A Ucrânia é uma espécie de ponta de lança da Parceria de Leste da União Europeia, mas o atraso nas reformas daquela ex-república soviética deverá ser realçado pelo bloco comunitário durante a cimeira bianual, que decorre, sexta-feira, em Bruxelas.
Outro país em destaque no evento é a Bielorrússia, notando-se uma melhoria das relações com os europeus desde que o país se distanciou da Rússia no caso da anexação da Crimeia e da intervenção na região de Donbass.
“Desde a crise da Ucrânia, a Bielorrússia vem desempenhando um papel muito útil como facilitador das negociações de Minsk, já que foi na sua capital que se assinou o acordo de paz, mediado por vários líderes europeus, incluindo a chanceler alemã, Angela Merkel, e o ex- Presidente francês, François Hollande que se deslocaram a Minsk. Na prática, chegou ao fim o isolamento imposto à Bielorrússia, e mesmo o auto-isolamento do país face à União Europeia”, disse, à euronews, Balázs Jarábik, analista no centro de estudos Carnegie Endowment.
Contudo, o Presidente bielorruso, Aleksander Lukashenko, no poder há 23 anos e conhecido como o “último ditador da Europa”, recusou o convite expresso para se deslocar a Bruxelas, apesar da União Europeia ter levantada a proibição de emissão de visto, no ano passado.
A Parceria de Leste é constituída, ainda, pela Moldávia, Geórgia, Arménia e Azerbaijão.