União Europeia deve manter fria relação com o Azerbaijão

União Europeia deve manter fria relação com o Azerbaijão
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De  Isabel Marques da Silva  com Lusa

A reeleição para um quarto mandato do presidente autocrata do Azerbaijão, na quarta-feira, não augura grandes mudanças na fria relação política com a União Europeia. Contudo, este pequeno país do Cáucaso do sul é rico em petróleo e gás, o que pode pesar no futuro.

A reeleição para um quarto mandato do presidente autocrata do Azerbaijão, Ilham Aliev, na quarta-feira, não augura grandes mudanças na fria relação política com a União Europeia.

"O Ocidente poderá precisar de mais energia vinda do Azerbaijão, mas poderá exigir alterações em questões difíceis"

Thomas de Waal Analista político, Carnegie

Contudo, este pequeno país do Cáucaso do sul é rico em petróleo e gás, o que pode pesar numa eventual futura aproximação.

"As receitas de petróleo estão a cair e no caso do gás também são bastante modestas. Isso pode levar a algum tipo de reequilíbrio da relação entre o Azerbaijão e o Ocidente nos próximos anos. O Ocidente poderá precisar de mais energia vinda do Azerbaijão, mas em troca pode exigir alterações em questões muito difíceis", referiu o analista político Thomas de Waal, do centro de estudos Carnegie.

O analista refere-se ao não respeito pelos valores democráticos e pelos direitos humanos, algo que impede uma maior aproximação. Por agora, o Azerbaijão mantém laços mais próximos com potências vizinhas tais como o Irão, a Turquia e a Rússia.

"A União Europeia não tem muita capacidade de intervenção porque não fala a uma só voz. Os países da região que são prioritários para a União Europeia são a Geórgia e a Ucrânia. Infelizmente, o Azerbaijão não é uma prioridade da política externa comunitária", acrescentou Thomas de Waal.

Contudo, o diálogo mantém-se já que o Azerbaijão é um dos seis países da Parceria de Leste da União Europeia e o presidente Aliev esteve presente na cimeira do grupo, em novembro passado, em Bruxelas.

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