A reeleição para um quarto mandato do presidente autocrata do Azerbaijão, na quarta-feira, não augura grandes mudanças na fria relação política com a União Europeia. Contudo, este pequeno país do Cáucaso do sul é rico em petróleo e gás, o que pode pesar no futuro.
A reeleição para um quarto mandato do presidente autocrata do Azerbaijão, Ilham Aliev, na quarta-feira, não augura grandes mudanças na fria relação política com a União Europeia.
"O Ocidente poderá precisar de mais energia vinda do Azerbaijão, mas poderá exigir alterações em questões difíceis"
Analista político, Carnegie
Contudo, este pequeno país do Cáucaso do sul é rico em petróleo e gás, o que pode pesar numa eventual futura aproximação.
"As receitas de petróleo estão a cair e no caso do gás também são bastante modestas. Isso pode levar a algum tipo de reequilíbrio da relação entre o Azerbaijão e o Ocidente nos próximos anos. O Ocidente poderá precisar de mais energia vinda do Azerbaijão, mas em troca pode exigir alterações em questões muito difíceis", referiu o analista político Thomas de Waal, do centro de estudos Carnegie.
O analista refere-se ao não respeito pelos valores democráticos e pelos direitos humanos, algo que impede uma maior aproximação. Por agora, o Azerbaijão mantém laços mais próximos com potências vizinhas tais como o Irão, a Turquia e a Rússia.
"A União Europeia não tem muita capacidade de intervenção porque não fala a uma só voz. Os países da região que são prioritários para a União Europeia são a Geórgia e a Ucrânia. Infelizmente, o Azerbaijão não é uma prioridade da política externa comunitária", acrescentou Thomas de Waal.
Contudo, o diálogo mantém-se já que o Azerbaijão é um dos seis países da Parceria de Leste da União Europeia e o presidente Aliev esteve presente na cimeira do grupo, em novembro passado, em Bruxelas.