UE e México adiam revisão do acordo comercial para janeiro

UE e México adiam revisão do acordo comercial para janeiro
De  Euronews
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A atualização do acordo de livre comércio entre União Europeia e México (em vigor desde 2000) está quase pronta a ser assinada, depois de uma intensa ronda negocial, esta semana, em Bruxelas.

Mas a falta de consenso em alguns detalhes levou ao adiamento da conclusão para 2018, anunciaram as partes, quinta-feira, em conferência de imprensa.

“A denominação de origem é uma questão complicada porque as duas partes têm sistemas diferentes, mas fizemos muito trabalho para tentar encontrar compromissos sobre cada um dos sistemas”, referiu Cecilia Malsmström, comissária europeia para o Comércio.

Um dos setores onde este problema se coloca é o dos produtos agrícolas, nomeadamente o setor do queijo, como os europeus a exigirem que não se usurpem origens e marcas tradicionais.

As duas partes também não chegaram a acordo sobre o mecanismo para resolver eventuais diferendos que possam surgir.

EU and Mexico miss breakthrough in high-level trade talks – POLITICO https://t.co/bM23sZcK5cpic.twitter.com/AxYKOGRl1k

— WorldTradeLaw.net (@WorldTradeLaw) December 21, 2017

Contudo, o protecionismo comercial do Presidente dos EUA é um factor de pressão para acelerar o processo. Donald Trump ameaça abandonar o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA).

“Os mexicanos estão numa situação muito difícil, porque se Donald Trump efetivamente retirar os EUA do acordo NAFTA, isso poderá ditar o colapso do NAFTA. O México tem de encontrar novos parceiros comerciais no mundo para compensar as perdas que Trump vai infligir no país”, explicou, à euronews, Fredrik Erixon, analista do Centro Europeu de Economia Política Internacional (ECIPE).

Além de abandonar o NAFTA, Trump também não está interessado num acordo semelhante com a União Europeia, que estava a ser negociado desde 2013 (chamado TTIP).

Os europeus também têm interesse em acelerar este acordo, ao qual querem juntar, em breve, acordos com o Japão e com o bloco Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai – Venezuela está suspensa e Bolívia está em processo de adesão).

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