Antigo líder sírio-curdo rejeita acusações de terrorismo

Um destacado líder sírio-curdo Saleh Muslim foi esta quarta-feira libertado na República Checa depois de ter sido detido em Praga no domingo passado a pedido das autoridades turcas.
"Eu nunca fui terrorista, nunca seria terrorista. Sou um político"
Antigo líder do partido YPG
A libertação do líder sírio-curdo foi criticada pelas autoridades turcas que o acusam de terrorismo. Acusações que Muslim rejeita.
"Porque razão deveria eu regressar à Turquia, não sou cidadão turco. Eles não têm o direito de fazer essas acusações contra mim porque eu nunca fui à Turquia. A única vez que fui à Turquia foi por convite oficial do ministro dos negócios estrangeiros, eles sabem isso", afirmou o antigo líder do Partido da União Democrática (PYD).
As autoridades checas afirmam não ter encontrado motivos para prolongar a detenção do antigo líder sírio-curdo que teria prometido às autoridades manter-se em território europeu.
As autoridades turcas acusam o partido a que o político pertencia, o Partido da União Democrática (PYD), como uma extensão do partido curdo armado, PKK, ilegalizado na Turquia.
"Eu nunca fui terrorista, nunca seria terrorista. Sou um político, o meu trabalho é falar com as pessoas que trabalham em política e que dizem que isso é falso. Não é verdade!", afirma o antigo líder
As autoridades turcas acusam Saleh Muslim de estar implicado num atentado contra uma coluna de veículos militares em Ancara em 2016 que resultou em 37 mortos.
João Ferreira