O Dia da Europa visa celebrar o projeto político que une os destinos de 500 milhões de cidadãos, mas o ceticismo está a ganhar terreno em muitos Estados-membros da União Europeia. Os partidos críticos do bloco comunitário fazem parte de governos em 25 dos 28 parlamentos nacionais.
O Dia da Europa visa celebrar o projeto político que une os destinos de 500 milhões de cidadãos, mas o ceticismo está a ganhar terreno em muitos Estados-membros da União Europeia.
Os partidos políticos críticos do bloco comunitário fazem parte de governos em 25 dos 28 parlamentos nacionais. Na Itália, Hungria e Polónia estão, mesmo, em maioria.
"Esses partidos representam grupos sociais que se sentem abandonados e que sentem que são os grandes perdedores da globalização. Responsabilizam, em grande medida, a União Europeia por isso", explicou Jean-Michel De Waele, professor da Universidade Livre de Bruxelas.
Em Itália, o euroceticismo tem raízes na crise económica, com os cidadãos a criticarem a destruição do Estado social.
Na Hungria e na Polónia, a questão da redistribuição de refugiados foi vista como uma imposição de Bruxelas que põe em causa a soberania nacional.
"A União Europeia tem uma enorme responsabilidade porque aplica políticas puramente financeiras e económicas, havendo uma ausência de preocupação com as questões sociais. A União Europeia fala muito disso mas não o põe em prática", concluiu Jean-Michel De Waele.