Ao fim de um ano de mandato, Emmanuel Macron ainda não defraudou os entusiastas de uma União Europeia que se mantenha uma voz forte no mundo e se adapte à globalização para manter os padrões de via europeus, segundo Charles de Marcilly, diretor da delegação, em Bruxelas, da Fundação Robert Schuman.
Emmanuel Macron ainda não defraudou os entusiastas de uma União Europeia que se mantenha uma voz forte no mundo e se adapte à globalização para manter os padrões de via europeus.
Ao fim de um ano de mandato, o presidente francês consagrou-se como um dos líderes do chamado motor franco-alemão e já tem algumas vitórias relevantes, segundo Charles de Marcilly, analista político e diretor da delegação de Bruxelas da Fundação Robert Schuman.
"A proteção dos investimentos estrangeiros e a diretiva sobre trabalhadores destacados são exemplos de como transformou essas vitórias políticas numa vitória pessoal. Devemos reconhecer que já existia um trabalho prévio nessas áreas, mas no caso dos acordos de livre comércio, das relações com Donald Trump, na segurança e na defesa, vemos bem que Macron traz algo novo. E faz isso de maneira bastante inteligente, respeitando a agenda europeia", explicou o analista.
O carisma e o espírito inovador têm sido apreciados por muitos líderes europeus, mas a febre reformadora de Macron poderá enfrentar alguns obstáculos, por exemplo, no que se refere à zona euro.
"O primeiro revés tem a ver com o futuro quadro financeiro plurianual, isto é, o orçamento europeu de 2021 a 2027. Sabemos que o governo francês defende um orçamento próprio para a zona euro e não vai ser esse o caso", afirmou Charles de Marcilly.
Macron é de uma geração e tem um estilo diferente da outra líder do motor franco-alemão, Angela Merkel.
O jovem político ainda está a ensaiar como convencer uma chanceler cautelosa, que gosta de disciplina financeira e de passos seguros, a refundar o bloco comunitário para o século XXI.