No périplo pela Europa, que inclui uma cimeira com a Rússia, esta segunda-feira, Donald Trump tem baralhado as cartas sobre as relações com as potências mundiais. Mas, apesar das críticas do presidente norte-americano, a União Europeia considera os EUA como um dos seus muitos amigos no mundo.
No périplo pela Europa, que inclui uma cimeira com a Rússia, esta segunda-feira, Donald Trump tem baralhado as cartas sobre as relações com as potências mundiais. De aliados tradicionais, os europeus passaram a adversários comerciais e alvos de outras críticas.
Por ocasião da reunião dos chefes da diplomacia da União Europeia, em Bruxelas, o governante francês, Jean-Yves Le Drian, disse: "Parece que todos podem ser potencialmente inimigos. É preciso analisar as declarações dele com ponderação."
Já a chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogehrini, afirmou: "Mudanças de governo não significam mudanças na amizade entre os países e as suas populações. Está claro que consideramos os EUA como amigos próximos e parceiros, é a nossa posição de sempre. Mas também temos outros amigos no mundo".
A Rússia tenta reconstruir pontes com os europeus, incluindo a chamada diplomacia suave do mundial de futebol, tentando pôr um fim às sanções económicas da União Europeia impostas por causa das atividades militares em antigos satélites soviéticos.
Evitar a repetição desses cenários é uma das razões para a NATO aumentar a sua capacidade de defesa no flanco leste.
"É importante reafirmar o compromisso da nossa parceria a leste com a Ucrânia e a Geórgia. No caso da Ucrânia, houve a anexação da Crimeia e muita turbulência região do Donbas. No caso da Geórgia também há uma situação difícil", insistiu Didier Reynders, ministro dos Negócios Estrangeiros da Bélgica.
"É muito importante reafirmarmos a nossa solidariedade com Ucrânia e Geórgia, com a soberania e integridade territorial destes dois países. Gostaríamos que o presidente Trump falasse sobre isso com o presidente Putin", acrescentou.
No final da reunião com o presidente russo, o presidente norte-americano disse que o encontro tinha sido um "bom começo". Donald Trump tem, repetidamente, dito que vê a Rússia como um concorrente, mas não como um inimigo.