Na conferência de imprensa, em Bruxelas, a Alta Representante para a Política Externa e Segurança, Federica Mogherini, deixou bem clara a preocupação com a situação do Estado de Direito e dos Direitos Humanos na Turquia.
Há quatro anos que o Conselho de Associação União Europeia-Turquia não se encontrava.
Na conferência de imprensa, em Bruxelas, a Alta Representante para a Política Externa e Segurança, Federica Mogherini, deixou bem clara a preocupação com a situação do Estado de Direito e dos Direitos Humanos na Turquia: "Atrasos sistemáticos, detenções e provas insuficientes, a instauração de processos judiciais a pessoas que exercem os seus direitos fundamentais de liberdade de expressão e de direito de reunião suscitam dúvidas sobre se o processo judicial na Turquia respeita o princípio da presunção da inocência e o direito a um julgamento justo".
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia, Mevlut Cavusoglu, disse que o país está a trabalhar em novas reformas e que quer entrar para a União Europeia. "A Turquia tem um sistema judicial independente e toda a gente tem acesso a ele. A Turquia é membro do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos", sublinhou.
"Desde que a democracia se deteriorou, de forma dramática, na Turquia que aqui em Bruxelas não se pode falar mais de negociações para a adesão da Turquia à União Europeia. As relações entre as duas partes tornaram-se totalmente comerciais e baseadas no interesse comum. O Parlamento Europeu aprovou recentemente uma resolução a pedir ao Conselho Europeu para suspender oficialmente as negociações para a adesão da Turquia à UE", realça a correspondente da Euronews em Bruxelas, Gulsum Alan.