Dono do site "Sugar Daddy" condenado por promoção à prostituição

Dono do site "Sugar Daddy" condenado por promoção à prostituição
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De  Ricardo Borges de Carvalho com AFP
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Justiça belga multou norueguês Sigurd Vedal em mais de 250 mil euros pela campanha publicitária a um site de encontros

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Um empresário norueguês foi multado na Bélgica em mais de 250 mil euros por promover a prostituição através de um site de encontros chamado "Sugar Daddy".

Sigurd Vedal foi também condenado a uma pena suspensa de seis meses pelo seu site "RichMeetBeautiful.com", que ajudava homens ricos a encontrar mulheres jovens.

O advogado do norueguês, Eric Cusas, nega que o modelo de negócio possa ser rotulado como prostituição.

"Os sites de encontros, os fornecedores de internet, o que fazem? Colocam uma plataforma à disposição das pessoas que procuram determinados tipos de encontros. Podem ser páginas genéricas como o 'Meetic' ou sites especializados, como existem por exemplo os sites para encontros adúlteros como o Gleeden ou Victoria Milan. Existem páginas que privilegiam encontros entre vegans, entre católicos, entre muçulmanos, logo existem sites especializados. Este é apenas um desses sites especializados."

A polémica começou há dois anos com um cartaz publicitário colocado à porta da Universidade Livre de Bruxelas, em que se podia ler: "Estudantes do sexo feminino, melhorem o vosso estilo de vida, saiam com um Sugar Daddy".

O advogado de Defesa, Eric Cusas, argumenta: "Se me pergunta se acho que essa publicidade é de bom gosto, a minha resposta é "Não", mas o bom ou mau gosto até agora não é crime. Não havia nada no anúncio que sugerisse prostituição."

Opinião contrária tem o advogado da Universidade Livre de Bruxelas, Laurent Kennes, que considera o argumento da defesa ridículo.

"Bastava ver a imagem que lá estava. Uma jovem mulher bonita que está a despir-se, a tirar o soutien, isso tornou o argumento de defesa um pouco ridículo que era dizer se achávamos verdadeiramente que alguém quer fazer isso quando vai ao restaurante, a uma atividade cultural ou ao teatro. Não consigo imaginar a mulher de soutien, prestes a tirá-lo e o gerente do restaurante queixar-se e dizer para não o fazer ali. Estamos a falar claramente de favores sexuais. Foi o que o tribunal disse, não sejamos hipócritas, é de prostituição que estamos a falar."

Sigurd Vedal foi também acusado de "proxenetismo agravado" em França depois de anunciar uma versão do site num campus universitário de Paris.

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