A euronews entrevista o ministro dos Negócios estrangeiros da Hungria, Péter Szijjártó.
O ministro dos Negócios Estrangeiras da Hungria espera que Ursula von der Leyen demonstre maior respeito pelos Estados-membros que o antecessor Jean-Claude Juncker. Em entrevista à euronews, Péter Szijjártó disse esperar que a Comissão Europeia entre, agora, numa nova era e nega as alegações de corrupção relativas às verbas que a Hungria recebe da União Europeia.
"Temos esperança que a Presidente Von der Leyen mostre mais respeito pelos estados membros da União Europeia do que o senhor Timmermans ou o senhor Junker. As instituições europeias têm de compreender que não podem ser independentes dos estados membros da União Europeia"
Sándor Zsíros, Euronews: "Há muitas alegações de que as pessoas mais ricas na Hungria são as que recebem mais fundos da União Europeia..."
Péter Szijjártó:"Se há corrupção sistemática, o dinheiro desaparece, se não há corrupção sistemática, o dinheiro é usado para cumprir bons objetivos, como dinamizar a economia, combater o desemprego ou reduzir a dívida. A Hungria tem pleno emprego e há 9 anos consecutivos que estamos a cortar a dívida pública. Quando chegámos ao poder era 7 por cento, agora o deficit é de 1 por cento. Temos uma taxa de crescimento de 5,2 por cento. São números que provam que não pode haver corrupção sistemática.
Sándor Zsíros: "Então porque é que a agência antifraude diz que quase 4% do dinheiro da coesão que vai para a Hungria é problemático?"
Péter Szijjártó:"Pergunte-lhes! Eu não sei."
Sándor Zsíros:"Se nada há a esconder, porque é que a Hungria não se faz parte do gabinete do procurador europeu?"
Péter Szijjártó:"Sabe que para nós a soberania é muito importante. Lutamos pela soberania e pela independência há muito tempo e muitas vezes na nossa história. Não vamos permitir que se aproveitem ou influenciem o nosso país, o nosso desenvolvimento interno".