As mudanças que o Brexit poderá trazer

As mudanças que o Brexit poderá trazer
Direitos de autor Euronews
De  Joao Duarte Ferreira
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Um olhar sobre que tipo de mudanças irão ter lugar após a saída do Reino Unido da União Europeia

PUBLICIDADE

O dia 31 de janeiro de 2020 ficará para a história como o dia em que o Reino Unido deixou a União Europeia. Mas no dia-a-dia, o que é que realmente muda?

O repórter da euronews Jack Parrock fala-nos das mudanças que podemos esperar.

"Comecemos com os passaportes. Sou um cidadão britânico e o meu passaporte é bordeau, tal como todos os países europeus, no entanto quem precisar de um novo passaporte receberá um passaporte azul", afirma.

E nos aeroportos? Será que os britânicos terão que utilizar a fila dos não-europeus em vez da habitual fila reservada aos cidadãos da União Europeia?

Durante o período de transição, nada mudará para os britânicos a este respeito. Mas isso poderá mudar depois de 31 de dezembro.

E quanto aos cuidados de saúde para os britânicos que vivem em países europeus como é o caso de  Espanha?

"No caso dos reformados, eles trabalharam e fizeram as suas contribuições à segurança social nesses países. Assim, eles estão simplesmente a exportar as suas reformas e os seus cuidados de saúde.
O que sabemos é que segundo o Acordo de Saída, todos os direitos são garantidos, desde que os reformados estejam registados no sistema e queiram manter-se no país, isso inclui as pessoas deficientes", afirma Laura Shields, fundadora da organização Red Thread EU.

Esta questão tem criado muita confusão porque numa situação de ausência de acordo, tudo isso terminaria após seis meses.

E quanto aos britânicos em férias?

Quem tiver um cartão de saúde europeu terá acesso gratuito a cuidados de saúde na União Europeia, e o mesmo se aplica aos europeus que viajem para o Reino Unido.

Os estudantes são um dos grupos que mais incerteza enfrenta.

Os estudantes europeus e britânicos com cursos universitários a começarem em setembro continuarão a pagar as mesmas propinas mas depois de 2021 os estudantes europeus enfrentam propinas de até 30 mil euros para estudarem no Reino Unido enquanto estudantes internacionais.

O mesmo acontece para os britânicos que decidam estudar na União Europeia embora aqui as propinas sejam cerca de metade do Reino Unido.

Algo que poderá mudar no próximo ano são os custos associados à utilização do telemóvel no estrangeiro.

Em 2020 tudo permanecerá na mesma mas a partir de 1 de janeiro de 2021 os números britânicos poderão ter que pagar custos adicionais.

O Reino Unido poderá já nos próximos dias começar a negociar acordos comerciais com países como os Estados Unidos que poderão entrar em vigor em 2021.

Mas o Reino Unido perderá o lugar aqui em Bruxelas.

"O Reino Unido terá um lugar idêntico ao da Noruega este ano; isto significa que pode apenas fazer lobby, ou seja, pedir à União Europeia para alterar regulamentos etc, ou evitar certos regulamentos. Em todo o caso, deixa de ter uma palavra a dizer em termos de regulação europeia", conclui Pieter Cleppe, da organização Open Europe.

PUBLICIDADE

A União Europeia vai lutar para manter o acesso às águas britânicas após 2021.

Isto será uma parte essencial das negociações comerciais durante este ano.

Oficialmente, o Reino Unido sai da União Europeia mas muito permanece por decidir até ao dia 31 de dezembro deste ano, ou seja o fim do período de transição, até lá tudo permanecerá idêntico.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Brexit: Divórcio feito, recomeça a negociação

Reino Unido deixa a União Europeia esta sexta-feira

"Breves de Bruxelas": ajuda do Egito na migração, peste suína, TJUE e Catalunha