Brexit: Divergências dominaram primeira ronda negocial

Brexit: Divergências dominaram primeira ronda negocial
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De  Isabel Marques da Silva
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"As divergências entre nós não são surpreendentes, especialmente após apenas uma ronda de negociações. Mas algumas são muito, muito difíceis", admitiu Michel Barnier, negociador-chefe da UE para o Brexit, na conferência de imprensa, quinta-feira, em Bruxelas.

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União Europeia e Reino Unido terminaram, quinta-feira, a primeira ronda negocial sobre o futuro acordo de livre comércio e parceria estratégica e ao fim de quatro dias de reuniões, em Bruxelas, constataram que ainda há muito a fazer.

"As divergências entre nós não são surpreendentes, especialmente após apenas uma ronda de negociações. Mas algumas são muito, muito difíceis. No entanto, continuo a acreditar que poderemos chegar a um bom acordo para ambas as partes", disse Michel Barnier, negociador-chefe da União Europeia para o Brexit.

Entre os pontos mais difíceis está o acordo sobre as quotas de pesca, que a União Europeia gostaria de fechar até julho.

A resistência do Reino Unido em permanecer sob a jurisdição do Tribunal Europeu de Direitos Humanos e em manter as condições de concorrência leal no comércio são outras fontes de grande divergência.

Este último ponto é fundamental para não causar disrupções no mercado único europeu.

Uma questão de soberania

Michel Barnier realçou que existem dois princípios fundamentais para que as negociações sejam um sucesso.

"Em primeiro lugar, não voltar atrás nos compromissos. Em segundo lugar, respeito mútuo. Vamos evitar qualquer mal-entendido. O Reino Unido passou muito tempo, esta semana, a falar de independência. Ninguém contesta a independência do Reino Unido", disse o negociador-chefe da União Europeia para o Brexit.

O governo britânico tem enfatizado que o Brexit servirá, precisamente, para recuperar a soberania em áreas fundamentais, por forma a fazer acordos com outras potências, nomeadamente com os EUA.

A próxima ronda negocial decorrerá em Londres, dentro de duas semanas.

Faltam menos de dez meses para acabar o período de transição, mas o Reino Unido poderá sempre pedir um prolongamento.

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