Líderes europeus negoceiam plano de recuperação económica do bloco

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De  Pedro Sacadura com Lusa
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Cimeira desta sexta-feira decorre por videoconferência e não se espera "fumo branco."

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Não se adivinham consensos nem se espera a adoção de conclusões formais no primeiro encontro dos chefes de Estado e de Governo da União Europeia destinado a negociar um ambicioso plano de recuperação económica do bloco comunitário, à prova de Covid-19.

A cimeira desta sexta-feira funciona mais como um tiro de partida com vista a um acordo numa posterior cimeira, em julho, se possível presencial.

Em cima da mesa estão as propostas da Comissão Europeia de um Fundo de Recuperação da economia europeia pós-pandemia, no valor de 750 mil milhões de euros, e de um Quadro Financeiro Plurianual revisto para 2021-2027, no valor de 1,1 biliões de euros.

A Comissão defende o plano como uma solução exequível.

"Esta proposta é ambiciosa e equilibrada. Esta é uma oportunidade que a Europa não pode perder", sublinhou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

O plano pode levar a uma mudança de paradigma na União Europeia, mas não será fácil, como explicou à Euronews Federico Fabrini, professor de Direito da União Europeia na Dublin City University: "Pela primeira vez, a União Europeia estaria a financiar-se a si mesma através da emissão de obrigações em vez de transferências de orçamentos estatais. Esta colossal quantidade de dinheiro seria transferida de volta para os Estados através de subvenções em vez de empréstimos, como aconteceu durante a crise da dívida do euro. Por isso, não surpreende que muitas negociações tenham de acontecer entre os Estados-membros, de forma a encontrar o consenso necessário para chegar a um acordo sobre este pacote."

O plano conta com o apoio de França, da Alemanha e dos países do sul da Europa. Neste sentido, a chanceler alemã Angela Merkel apelou à solidariedade. Falou num projeto histórico que pode guiar o velho continente para o futuro. Mas a iniciativa esbarra na resistência dos chamados "países frugais."

Áustria, Dinamarca, Suécia e Países Baixos estão contra as subvenções e preferem empréstimos.

Há divergências, por exemplo, em relação ao tamanho e duração dos diversos elementos do Plano de Recuperação, mas também em relação às condicionalidades.

Todos reconhecem, no entanto, que a troca de pontos de vista é vital para o futuro da União.

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