Eurodeputados pressionam OMS

Serão as máscaras necessárias em espaços abertos? É perigoso viajar de metro? Muitas questões e respostas confusas quando a pandemia foi declarada e se alastrou.
A Organização Mundial de Saúde, OMS, foi criticada por ter alterado os critérios sobre como enfrentar o surto de Covid-19.
Esta quinta-feira em Bruxelas, os eurodeputados pediram ao diretor-geral da organização para assegurar melhor gestão no futuro e reconhecer os erros cometidos.
"Gostaria que adotasse a abordagem de Ursula von der Leyen, ela pediu desculpa quando cometeu um erro e talvez a OMS também possa aprender com isso. Não se trata de algo pessoal contra si ou os seus funcionários mas dirige-se mais aos estados-membros que não lhe dão responsabilidades suficientes", afirmou o eurodeputado alemão Peter Liese, do grupo do PPE.
À medida que o vírus alastra, a OMS não pode lutar sózinha, insistiu o diretor-geral.
"Devemos trabalhar em conjunto para garantir que são aprendidas lições desta pandemia e o mundo nunca mais é apanhado de surpresa. Há muito que o mundo opera num ciclo de pânico e negligência e é por isso que a OMS faz dos preparativos uma prioridade" declarou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Alguns eurodeputados apelam à partilha de informações entre países e organizações supranacionais.
O eurodeputado finlandês do Grupo dos Verdes, Ville Niinisto, afirma:
"A ideia é que todos os países partilhem dados e propriedade intelectual relacionados com as tecnologias que podem ser úteis no combate ao Covid-19. Mas poucas empresas e estados-membros, mesmo na UE, apoiam isso. A ideia de abrir a ciência a todos no contexto de uma crise de saúde, é algo em que temos que trabalhar na Europa", afirma.
À medida que continua a corrida para se encontrar uma vacina, muitos acreditam que a OMS tem agora uma nova oportunidade para recuperar credibilidade.