Merkel: "Crise deve ter uma resposta massiva e poderosa"

A chanceler alemã, Angela Merkel, começou na prática a presidir ao conselho da União Europeia com uma reunião por videoconferência, quinta-feira, com a Comissão Europeia. A presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, enfatizou que os próximos seis meses serão cruciais para a luta contra a pandemia e o seu impacto económico.
"A pressão do tempo é enorme, mas é a crise que define o ritmo. Cada dia perdido significa que há pessoas a perderem os empregos, empresas a falirem, há um enfraquecimento das nossas economias. Então, todo s os dias contam", disse von der Leyen, na conferência de imprensa após a reunião com o governo alemão.
Questionada sobre as difíceis negociações para aprovar o tão esperado plano de recuperação da UE, no valor de quase dois biliões de euros, a chanceler alemã exortou os líderes dos Estados-membros a agirem ousadamente.
"Todos sabemos que a resposta a esta crise absolutamente sem precedentes deve ser uma resposta massiva e poderosa", disse Merkel.
Sondagens junto dos cidadãos europeus revelam que há muita angústia com o futuro do bloco e são feitos pedidos para uma cooperação mais estreita.
Uma da prioridades defendidas é o fortalecimento da indústria europeia, segundo um estudo encomendado pelo Conselho Europeu de Relações Externas.
"Quando colocámos a pergunta sobre como é que a Europa deveria mudar após esta crise, uma das respostas mais dadas, atingindo os 50% em França e na Alemanha, foi que se deveria proteger as cadeias de abastecimento dos produtos médicos mais cruciais", disse Susi Dennison, analista do Conselho Europeu de Relações Exteriores, em entrevista à euronews.
O governo liderado por Merkel está ciente das expectativas muito altas da presidência alemã, mas vai tentar imprimir um espírito mais otimista para enfrentar os desafios em curso.