Cidadãos dos EUA ainda não poderão viajar para UE

Há más notícias para os norte-americanos que desejam viajar para a União Europeia. A lista de 15 países aos quais foi dada essa possibilidade, desde 1 de julho, esteve em revisão, esta terça-feira, e deverá ser mantida a interdição para os EUA devido à alta taxa de infecção por Covid-19.
Uma exclusão que poder ter impacto na imagem do país a nível interno e na cena internacional já que presidente Donald Trump diz que a crise está sob controlo.
"Pode ser impopular, mas é muito difícil contestar o fato de que a pandemia está em crescimento nos Estados Unidos. A situação nos Estados Unidos está a ficar dramaticamente pior, em vez de melhorar. Isso é politicamente desafiador para o presidente, mas também é uma realidade e a decisão política da UE tem fundamento nos factos", disse a analista política Kristine Berzina, do centro de estudos The German Marshall Fund of the US, em entrevista à euronews.
Embora os Estados-membros não sejam legalmente obrigados a respeitar a lista ditada pelas instituições comunitárias, ela tem peso nas ponderações que os líderes fazem sobre os interesses geopolíticos e económicos que têm com aliados fora da União, até porque é uma espécide de indicador que vai evoluindo.
"Seria errado pensar que, seja qual for o momento, a lista está fechada. Quando se analisam as taxas de infecção, em ciclos de duas semanas, poderá mudar-se a orientação. Tal como as situações vão piorando e melhorando, também a lista vai sofrendo alterações e isso é algo ao qual teremos de nos habituar", afirma Kristina Berzina.
A revisão deverá ser publicada, oficialmente, esta semana e há fontes que mencionam que a Sérvia e o Montenegro vão ser retirados da lista, face ao agravamento epidemiológico naqueles países da região dos Balcãs Ocidentais.
Em geral, a lista inclui países com taxas de novos casos por cem mil habitantes iguais ou inferiores às da UE.