Chipre atrasa sanções da UE contra Bielorrússia

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De  Isabel Marques da SilvaAna Lázaro
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O governo cipriota até está de acordo com sanções contra a Bielorrússia, mas quer que os outros 26 países aceitem punir da mesma forma as ações provatórias da Turquia, no mar mediterrâneo, por causa da exploração de reservas de gás.

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Do exílio na Lituânia, a líder da oposição na Bielorrússia, Svetlana Tsikhanouskaya, viajou para Bruxelas para pedir à União Europeia que seja "mais corajosa" contra o regime de Alexander Lukashenko.

Durante a visita ao Parlamento Europeu, segunda-feira, Tsikhanouskaya fez questão de mostrar fotografias de pessoas que estão detidas e foram torturadas.

A repressão aumenta contra os que mantêm vivos os protestos pós-eleicoes, há um mês e meio, pelo que a aprovação de sanções pela União Europeia poderia acelerar a mudança.

“Temos consciência de que fizemos muito para gerir esta situação sozinhos, contando apenas com a força do povo bielorrusso, mas agora compreendo que precisamos de ajuda externa", disse Svetlana Tsikhanouskaya.

Chipre trava unanimidade

Mas os ministros dos Negócios Estrangeiros da União, reunidos noutro edifício do chamado quarteirão europeu, não chegaram à unanimidade exigida nestes casos, por causa de uma exigência de Chipre.

O governo cipriota até está de acordo com sanções contra a Bielorrússia, mas quer que os outros 26 países aceitem punir da mesma forma as ações provatórias da Turquia, no mar mediterrâneo, por causa da exploração de reservas de gás.

“A República de Chipre não veta a proposta de sanções contra a Bielorrússia. Adotou foi uma posição clara: a proposta de sanções contra a Bielorrússia deve ser adotada imediatamente e em paralelo com a proposta cipriota para que se aprovem sanções contra a Turquia", explicou Nikos Christodoulides, ministro dos Negócios Estrangeiros de Chipre, em entrevista à euronews.

A decisão passa para a cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Europeia, quinta e sexta-feira, em Bruxelas.

Em causa estão o congelamento de ativos e a proibição de viagens para cerca de 40 pessoas ligadas a irregularidades nas eleições de 9 de agosto e à repressão que se seguiu.

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