Alemanha apela ao bom senso para acordo pós-Brexit

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De  Isabel Marques da SilvaShona Murray
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A presidência rotativa da União Europeia, a cabo da Alemanha, está otimista depois de ter falado com os negociadores do acordo pós-Brexit liderados por Michel Barnier.

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O governo de Londres e os negociadores pela União Europeia prometem intensificar os esforços para concluir um acordo comercial e político pós-Brexit, tema que será discutido na cimeira de líderes da União Europeia, na semana quem vem.

A conversa, sábado passado, entre Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, e Boris Johnson, primeiro-ministro britânico, parece ter desanuviado um pouco o processo negocial, ensombrado pela intenção do Reino Unido de não respeitar alguma cláusulas do acordo de saída.

A presidência rotativa da União Europeia, a cabo da Alemanha, está otimista depois de ter falado com os negociadores europeus liderados por Michel Barnier.

"Face aos desafios económicos e de saúde que enfrentamos atualmente, os cidadãos de ambos os lados do canal da Mancha já estão numa situação suficientemente dura de suportar, pelo seria totalmente irresponsável sobrecarregá-los com problemas adicionais devido a um não acordo", disse Heiko Maas, ministro dos Negócios Estrangeiros alemão.

Alinhamento com o passado ou regras da OMC

A chave para desbloquear as negociações é chegar a acordo sobre questões centrais tais como as quotas de pescas para os europeus em águas britânicas. Outro tema difícil é a garantia de concorrência leal, face aos planos britânicos de dar mais apoios estatais às empresas menos competitivas.

Para exportar para a União Europeia sem quotas ou tarifas aduaneiras, o Reino Unido tem de manter uma grande parte das regras que respeitava enquanto Estado-membro.

Mas para o atual governo de Londres tal alinhamento não seria um Brexit de verdade, porque o país quer ter maior liberdade para poder oferecer condições competitivas a outros parceiros comerciais. 

O Brexit efetiva-se a 31 de dezembro e sem acordo específico aplicam-se as regras gerais da Organização Mundial do Comércio, que implicariam custos e burocracia pesados para ambos os lados.

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