Bruxelas quer aposta nos parques eólicos offshore

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De  Isabel Marques da Silva  & Christopher Pritcher
Bruxelas quer aposta nos parques eólicos offshore
Direitos de autor  Jens Dresling/AP

Aproveitar a brisa marítima para produzir muito mais energia de fonte renovável é uma das apostas da Comissão Europeia, que pretende aumentar largamente a capacidade dos parques eólicos offshore.

O executivo europei considera que será um pilar para atingir a neutralidade de emissões poluentes até 2050.

“Esta estratégia terá vantagens para o meio ambiente e para a economia. Tornará o nosso abastecimento de energia mais ecológico, permitirá apoiar a indústria europeia e criar empregos, protegendo a biodiversidade, reduzindo a poluição e garantindo uma base saudável para ter comunidades pesqueiras mais prósperas. A nossa ambição é grande porque existem, claramente, urgência e potencial", disse Frans Timmermans, vice-presidente-executivo da Comissão Europeia.

A estratégia visa aumentar a capacidade eólica offshore da União Europeia dos atuais 12 GigaWatts para 300 GigaWatts até 2050.

Mas as organizações ambientalistas alertam que são precisas medidas para proteger os habitats marinhos .

Sergiy Moroz, membro do Gabinete Ambiental Europeu, diz que "a energia limpa é tão necessária quanto os mares saudáveis, se quisermos evitar as atuais crises climáticas e ambientais, sendo ambas ameaças a nossa própria sobrevivência".

O executivo europeu estima que sejam necessários 800 mil milhões de euros até 2050 para que o plano seja bem sucedido.

Portugal pretende construir um dos maiores parques eólicos offshore flutuantes da Europa continental. Situada 20 km ao largo da costa de Viana do Castelo, a central portuguesa terá capacidade para abastecer 16 mil casas.