Borrell critica "ato criminoso" contra cientista iraniano

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De  Isabel Marques da SilvaAna Lázaro
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O chefe da diplomacia comunitária participou num debate sobre a criação, há dez anos, do Serviço Europeu de Ação Externa.

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A União Europeia continua a lutar para ter uma voz mais forte na cena mundial, que represente a posição diplomática conjunta dos seus 27 Estados-membro. Esse foi o objetivo de criar, há dez anos, o Serviço Europeu de Ação Externa e o aniversário foi marcado por um debate, terça-feira, com três dos seus altos-representantes.

O acordo nuclear com o Irão foi um dos temas abordados, havendo esperança de que a eleição do democrata Joe Biden nos EUA o permita salvar. Mas o recente assassinato de um proeminente cientista nuclear iraniano arrefeceu os ânimos, disse Josep Borrell, em entrevista à euronews.

“É claro que isto não vai ajudar. É claro que quem o fez pretende que haja uma escalada do conflito, quer que seja dificultado o relançamento do acordo. Não penso que seja esta a forma de resolver os problemas e considero que este ato pode ser classificado como como criminoso”, afirmou o chefe da diplomacia europeia.

Comércio com EUA será sempre tópico complexo

Borrell destacou que está a elaborar uma nova estratégia para debater com a futura administração dos EUA, mas está consciente de alguns temas são complexos, nomeadamente o do comércio. 

“Os democratas também têm uma certa tendência para defenderem medidas protecionistas, não são só os republicanos. Toda a gente usa, atualmente, o tema do comércio como uma arma na luta geopolítica, pelo que teremos muito a debater sobre isso. Mas esperamos poder ter uma boa conversa", acrescentou Borrell.

Sobre a tensão com a Turquia, o alto-representante disse que há pouca evolução mas não quiz confirmar se serão aplicadas sanções. Contudo, sublinhou que cabe aos chefes de Estado e de governo dos Estados-membros fazerem o necessário para reverter o clima de crescente hostilidade.

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