Agenda antiterrorismo visa antecipar riscos na UE

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De  Isabel Marques da Silva
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O executivo comunitário quer concentrar-se no combate à radicalização, incluindo ter maior velocidade na remoção de conteúdos de incitação ao terrorismo na Internet e promove o trabalho sócio-educativo nas prisões.

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A União Europeia quer reforçar a sua capacidade no combate ao terrorismo, sobretudo depois da mais recente vaga de ataques em França e na Áustria. A Agenda Antiterrorismo apresentada, quarta-feira, pela Comissão Europeia, visa identificar vulnerabilidades e ter maior capacidade de antecipar as ameaças.

“O modo de vida europeu e aquilo que defendemos não são opcionais. Estamos determinados em defender este modelo. Por mais que estejamos abertos a oferecer meios para as pessoas aderirem e usufruírem das sociedades resilientes na Europa, temos que, simultaneamente, demostrar determinação para travar todos aqueles que as quiserem destruir", disse Margaritis Schinas, vice-presidente da Comissão Europeia.

O executivo comunitário quer concentrar-se no combate à radicalização, incluindo ter maior velocidade na remoção de conteúdos de incitação ao terrorismo na Internet e promove o trabalho sócio-educativo nas prisões.

Dados encriptados de difícil acesso

No âmbito da cooperação policial, pretende ter melhor o acesso a dados encriptados guardados nas plataformas digitais usadas pelos criminosos para comunicarem, o que será complexo.

“Essa é uma questão de que se fala há anos mas, de momento, não existem soluções eficazes porque dependemos, essencialmente, da boa vontade das empresas gestoras de redes sociais que, na sua maioria, não são europeias. A capacidade de agir nessa base é extremamente limitada porque dependemos da boa vontade das empresas", explicou Claude Moniquet, especialista do Centro Europeu de Inteligência Estratégica e Segurança.

O executivo comunitário propõe, também, o reforço das competências da Europol, a Agência Europeia de Polícia, que deverá assumir a liderança nos casos em que nenhum Estado-membro tenha jurisdição clara.

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