UE: Imunidade de grupo no verão ajudará a economia

UE: Imunidade de grupo no verão ajudará a economia
Direitos de autor Cecilia Fabiano/LaPresse
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De  Isabel Marques da SilvaElena Cavallone
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Só quando toda a União Europeia atingir a imunidade de grupo é que será seguro retomar o turismo de forma segura e duradoura, disse o ministro da Saúde de Malta, Christopher Fearne, em entrevista à euronews.

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A Comissão Europeia promete pressionar a indústria farmacêutica a aumentar a produção de vacinas contra a Covid-19 e pede aos governos dos 27 países da União mais agilidade para que pelo menos 70% da população esteja vacinada até ao verão. 

Este é o tema central da videoconferência de líderes da União Europeia, na quinta-feira, sobre a qual a euronews falou com o ministro da Saúde de Malta, Christopher Fearne.

Christopher Fearne/ministro da Saúde de Malta: Penso que que uma meta realista é ter vacinadas, até o final de março, as equipas de saúde e as pessoas com mais de 80 anos. Considero que essa deve ser a meta em toda a Europa. Até o final de maio, deveríamos ter vacinados todas as pessoas maiores de 70 anos e as pessoas com doenças crónicas. Portanto, todos os grupos vulneráveis da sociedade. A meta realista, mas ambiciosa, é que, até o final de setembro, tenhamos vacinado 70% de toda a população, o que significa imunidade de grupo".

**Elena Cavallone, Euronews: **A União Europeia tem sido criticada pela lenta implementação da campanha de vacinação. Partilha a opinião de que se poderia ter agido mais rapidamente, como fizeram o Reino Unido, os EUA e Israel?

**Christopher Fearne/ministro da Saúde de Malta: **Não, penso que não. Penso que conseguimos trabalhar em conjunto. Malta, sendo um país pequeno, tem pressionado, nos últimos sete anos, para que o bloco faça aquisições conjuntas, o que tem várias vantagens. A primeira vantagem óbvia é que, quando negociamos como um bloco com a indústria farmacêutica, temos muito mais poder de negociação do que quando a negociação é feita pelas autoridades de cada um dos Estados membros individualmente. Mas há, sobretudo, maior transparência nos preços. Comprando juntos, conseguimos manter os preços baixos ".

**Elena Cavallone, Euronews: **Malta é um dos principais destinos de férias na Europa e a economia depende fortemente do turismo. Pensa que são necessários certificados de vacinação para relançar a indústria do turismo e facilitar, em geral, as viagens internacionais?

Christopher Fearne/ministro da Saúde de Malta: É apenas mais um instrumento que permitiria aos países fazerem maior abertura. Já existem cidadãos que vivem em países denominados zonas verdes, nas quais não há restrições de viagens. Mas há cidadãos que viven nas zonas vermelhas ou nos países vermelhos. Os certificados de vacinação permitiriam aos cidadãos das zonas vermelhas viajar, embora a sua comunidade de origem tenha um alto nível de casos de Covid- 19. Devemos assegurar que todos são vacinados da mesma forma para que possamos atingir as metas que mencionei: março, maio e setembro. Isso é que nos permitirá abrir as economias como um bloco e permitirá que o turismo e o comércio recuperem a um ritmo mais rápido.

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