Newsletter Boletim informativo Events Eventos Podcasts Vídeos Africanews
Loader
Encontra-nos
Publicidade

Eurodeputados aprovam mecanismo da "bazuca" contra a crise

Eurodeputados aprovam mecanismo da "bazuca" contra a crise
Direitos de autor  JOHN THYS/AFP
Direitos de autor JOHN THYS/AFP
De Isabel Marques da Silva & Jack Parrock
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notícia Comentários
Partilhe esta notícia Close Button
Copiar/colar o link embed do vídeo: Copy to clipboard Copied

Até 30 de abril, cada Estado-membro deve submeter à Comissão Europeia um plano nacional para usar as verbas e 19 dos 27 países já o fizeram, incluindo Portugal.

PUBLICIDADE

O Parlamento Europeu aprovou, por larga maioria, terça-feira à noite, o regulamento do Mecanismo de Recuperação e Resiliência. É a principal ferramenta financeira para combater os efeitos da pandemia e vai absorver a "fatia de leão" do novo fundo de 750 mil milhões de euros.

Mas os parlamentos nacionais também devem acelerar o passo, disse a eurodeputada de centro-esquerda portuguesa Margarida Marques: “Esta aprovação significa que adotámos uma resposta europeia para a crise. Mas o dinheiro tem que chegar aos cidadãos, às famílias, às empresas, aos Estados. A questão fundamental agora é que os parlamentos nacionais ratifiquem a decisão sobre ter maiores recursos financeiros na União, por forma a dotar o Fundo Próxima Geração da União Europeia".

Tirando uma pequena fatia que vai para projetos específicos, os 27 Estados-membros vão dispor de um bolo de 672,5 mil milhões de euros.

Mais de 312 mil milhões de euros serão entregues em forma de subvenções a fundo perdido e 360 mil milhões de euros em empréstimos que terão de ser reembolsados.

O cálculo do valor para cada país é feito com base no tamanho da população, taxa de desemprego e quebra na criação de riqueza nacional devido à pandemia.

Estados-membros  têm de ter bons planos de despesa

Até 30 de abril, cada Estado-membro deve submeter à Comissão Europeia um plano nacional para usar as verbas e 19 dos 27 países já o fizeram, incluindo Portugal. 

Os eurodeputados esperam que o executivo comunitário faça uma apertada monitorização.

"Os planos que permitam fazer melhores reformas e que promovam investimentos públicos produtivos serão os que cumprirão os dois critérios principais. Obviamente, o executivo comunitário deve fazer um controlo apertado para que o dinheiro seja gasto como deve ser", disse Johan van Overtveldt, eurodeputado conservador belga que preside à comissão parlamentar de Orçamento.

De acordo com as linhas de orientação da ComissãoEuropeia, 37% das verbas devem ser usadas para a transição energética e 20% na modernização digital.

É a primeira vez que o executivo comunitário pede um empréstimo para criar um fundo e os eurodeputados da bancada dos verdes gostariam que não fosse a última, mas poderá ser um novo fator de desunião.

"Os conservadores dizem que estamos numa situação que justifica recorrer a um fundo de recuperação, mas que depois de se ultrapassar a pandemia, a União Europeia deve garantir que não se volta a fazê-lo. Mas nós pensamos que noutras crises também poderíamos usar instrumentos como este um fundo de recuperação", disse Rasmus Andresen, eurodeputado ecologista alemão.

Ir para os atalhos de acessibilidade
Partilhe esta notícia Comentários

Notícias relacionadas

Tribunal Constitucional aprova Fundo Europeu de Recuperação

Conferência sobre o Futuro da Europa vai ouvir cidadãos

Principal edifício governamental da Ucrânia em chamas: Rússia lança 823 ataques durante a noite