O festival já conta com quinze edições e oferece uma janela para a cultura dos Balcãs a partir de Bruxelas
Apesar da pandemia, a cultura assim como a diplomacia da cultura não pararam totalmente, é este o mote do festival Balkan Traffik a decorrer em Bruxelas até ao dia 25 de abril.
O evento já vai na 15* edição. A ideia é criar na capital da Europa uma janela para a cultura dos Balcãs, mesmo tratando-se de uma janela virtual.
"O objetivo dos festival é mostrar que somos todos iguais, temos uma cabeça, duas mãos, dois pés e mesmo que exista uma fronteira e do conflito na viragem do século, falamos da prostituição, tráfico de viaturas antigas, outros problemas, mas aqui fazemos o tráfico da cultura que é o objetivo do festival", adianta Nicolas Wieërs, o diretor do evento.
Da música de rua dos Balcãs até ao jazz com sabor local, este ano os interessados podem ligar-se através de uma aplicação e criar um ambiente de concerto a partir de casa.
Para Vasil Hadzimanov, pianista originário da Sérvia, apesar do público continuar afastado, o importante é poder participar no evento.
"Há um ano que estamos presos, para os músicos é particularmente difícil pois não podemos atuar. Assim, apesar de continuarmos sem audiência, pelo menos podemos tocar juntos, criar boa música e mostrá-la ao mundo", adianta o músico sérvio.
A artista de rua croata Jadranka Lackovic encontra-se em Bruxelas para pintar um mural e agradece ao festival a visibilidade que traz à sua região.
"Faz parte da Europa que é muito rica em beleza natural. Para quem não conhece recomendo uma visita para conhecer a gastronomia, a natureza, a música. Diversidade é o que não falta", diz-nos.
Uma diversidade que encontra eco no festival, há mais de uma década a servir de ponte entre Bruxelas e os Balcãs.