CE acusa Bielorrússia de "instrumentalizar" migração irregular

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Minsk sublinhou que não vai conter migrantes que tentam chegar à União Europeia em resposta às sanções impostas pelo bloco comunitário

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A Comissão Europeia acusa a Bielorrússia de enviar migrantes para a fronteira com a Lituânia para exercer pressão no país e sobre o bloco comunitário.

Uma resposta, diz Bruxelas, às sanções impostas contra Minsk, por causa da repressão sobre elementos da oposição e contra o desvio de um avião comercial.

"A situação é muito preocupante. Até agora observámos 22 vezes mais migrantes irregulares a vir para a Lituânia. Na semana passada foram mais de mil. O regime de Aleksander Lukashenko está a usar os migrantes de forma instrumentalizada para exercer pressão política e estão, na verdade, a facilitar a passagem na fronteira com a Lituânia", referiu, em entrevista à Euronews, a comissária com a pasta dos Assuntos Internos, Ylva Johansson.

Grande parte dos migrantes são cidadãos iraquianos que viajam para Minsk a partir de Ancara e de Bagdade.

Na sexta-feira, a Lituânia começou a construir uma vedação de arame farpado na fronteira com a Bielorrússia.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, visitou a linha da frente. Já a comissária com a pasta dos Assuntos Internos pede agora à agência de controlo e assistência nas fronteiras europeias, Frontex, atuação rápida: "Espero que a Frontex consiga enviar o mais rápido possível mais guardas para ajudar nas fronteiras da Lituânia, carros-patrulha, helicópteros e outros tipos de apoio necessários agora na fronteira."

Esta não é a primeira vez que países terceiros se valem da migração para exercer pressão sobre a União Europeia, como lembrou Gabrielius Landsbergis, ministro dos Negócios Estrangeiros da Lituânia: "Para o meu país é inédito, mas para a Europa não é a primeira vez que um país enfrenta este tipo de crise, quando os refugiados são usados como arma para mudar a política do país. Já vimos a Finlândia passar por isso antes, a Grécia, recentemente Espanha e agora a Lituânia."

O ministro lituano pede uma estratégia europeia comum para lidar com estas ameaças políticas híbridas, a par de um quinto pacote de sanções contra a Bielorrússia.

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