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Consumidores chamados a pagar fatura de transição verde

Casas com painéis solares em Düsseldorf, Alemanha
Casas com painéis solares em Düsseldorf, Alemanha Direitos de autor  INA FASSBENDER/AFP
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De Euronews
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O roteiro europeu para a neutralidade climática ameaça famílias com danos colaterais

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Tornar a habitação mais eficiente, do ponto de vista energético, é um elemento crítico da estratégia da União Europeia rumo à neutralidade climática, mas quem é que vai pagar a fatura?

Há o risco de os cidadãos serem chamados a assumir, parcialmente, o aumento dos custos da energia, o que pode ser um fardo pesado para as famílias com baixos rendimentos, considerando que 7% dos europeus não conseguem sequer pagar aquecimento adequado para as casas durante o inverno.

De acordo com os planos da Comissão Europeia, as emissões provenientes de edifícios terão um custo no futuro. Ainda que os fornecedores energéticos devam ser chamados a pagar, na prática o preço pode ser passado para os consumidores.

"As pessoas poderiam assumir os custos das mudanças se soubessem que são repartidos de forma justa. É aqui que as administrações públicas têm um papel fundamental. Temos de melhorar a eficiência energética nas nossas casas, mas os custos desta transição têm de ser distribuídos de forma justa. Penso que dessa forma a população será capaz de assumir os custos. Caso contrário, poderá haver uma reação negativa", sublinha o eurodeputado socialista espanhol Javi López.

Um dos elementos-chave para reduzir a fatura energética passa por isolar devidamente as casas e torná-las mais eficientes. Mas nem sempre é fácil saber por onde começar.

Homegrade é um centro de apoio financiado pela região de Bruxelas, na Bélgica. Acompanha as pessoas interessadas em «renovar as casas, aconselhando, por exemplo, materiais úteis ou sistemas de aquecimento alternativos.

As perguntas que mais ouvem têm a ver com os custos das intervenções.

"Obviamente, a questão financeira é o principal gatilho. E muitas vezes as pessoas não sabem que podem conseguir bons subsídios se renovarem os espaços. No entanto, outra grande barreira é também a barreira administrativa, porque é bastante complexo sempre que se quer aceder a esses subsídios, sempre que se quer obter uma licença para iniciar uma intervenção. As pessoas perdem-se", lembra Didier van Severen, gestor da Homegrade.

Os edifícios representam 40% da energia consumida na União Europeia e 36% das emissões de gases com efeito de estufa. Reduzir o impacto está longe de ser um problema de fácil resolução.

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