UE conta com países vizinhos para gerir refugiados no Afeganistão

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Direitos de autor Virginia Mayo/Associated Press
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Ministros dos 27 querem assegurar que "todos os que precisarem de ajuda recebam proteção adequada, primariamente na região"

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Para evitar uma crise migratória como a provocada pela guerra da Síria, em 2015, na resposta aos desenvolvimentos no Afeganistão a União Europeia (UE) conta com os países vizinhos do território.

Reunidos em Bruxelas, num encontro extraordinário, os ministros do Interior da UE procuraram uma abordagem "coordenada" para conter os refugiados afegãos que fogem dos talibãs, com ênfase em evitar um fluxo de migrantes às portas da Europa.

"Precisamos evitar que as pessoas percorram rotas de contrabandistas para a União Europeia trabalhando no Afeganistão e nos países vizinhos. Também devemos deixar claro que precisamos de evitar que as pessoas sigam essas rotas. São principalmente os homens que integram as rotas irregulares com contrabandistas para a Europa, 90%, segundo a nossa experiência. Em vez disso, temos de dar proteção aos mais vulneráveis, mulheres e meninas", sublinhou, em conferência de imprensa, a comissária europeia com a pasta dos Assuntos Internos.

A ajuda financeira da UE aos vizinhos do Afeganistão será um dos elementos críticos para o sucesso da resposta Europeia.

"Precisamos de nos preparar se houver mais afegãos a deixar o Afeganistão para os países vizinhos. Depois, juntamente com os países vizinhos, precisamos de ver que tipo de apoio é mais relevante dar às pessoas necessitadas. Poderia ser apoio direto aos afegãos que poderiam também fazer parte do realojamento para grupos vulneráveis. Mas não penso que seja bom copiar e colar a declaração Turquia-União Europeia", ressalvou Ylva Johansson.

Os ministros do Interior reuniram-se no dia em que se assinalou o prazo de retirada norte-americana do Afeganistão, ao fim de duas décadas.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) alertou que cerca de meio milhão de refugiados pode abandonar o Afeganistão até ao fim do ano. Um cenário que pode agravar-se perante o clima de volatilidade no território.

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