CE tranquiliza Ucrânia sobre segurança energética

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Assunto foi um dos temas em cima da mesa na cimeira UE-Ucrânia em Kiev

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Energia e segurança no fornecimento da mesma foi um dos temas fortes da cimeira União Europeia-Ucrânia que reuniu hoje, em Kiev, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, os presidentes do Conselho Europeu, Charles Michel, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e ainda o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.

Kiev não escondeu preocupações com as implicações do gasoduto Nord Stream 2, que liga a Rússia à Alemanha, deixando de parte a Ucrânia.

"A segurança energética é um pré-requisito para a independência e soberania nacional da Ucrânia porque o Nord Stream está a criar novos desafios para a Ucrânia, além dos já existentes", sublinhou o presidente da Ucrânia.

Para tranquilizar o país, a União Europeia prometeu trabalhar em soluções estratégicas de médio e longo prazo, incluindo o recurso a fluxos alternativos de gás a partir de Estados-membros para a Ucrânia. Ainda assim, dificilmente se compensarão as perdas de mais de mil milhões de euros por ano ao abrigo do estatuto de país de trânsito.

"Compreendo as preocupações. A Ucrânia está preocupada com o fornecimento de gás, tendo em conta os baixos abastecimentos da Gazprom. Este é um problema que se coloca não só para este inverno, mas também para os invernos futuros. Por isso, em conjunto com especialistas ucranianos, a Comissão Europeia está a explorar diferentes cenários para garantir abastecimento suficiente para a Ucrânia", clarificou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Em matéria de combate à corrupção, a Comissão Europeia vê com bons olhos alguns progressos no país. Mas sublinha que é preciso fazer mais para assegurar que instituições e cargos criados para esse fim estão completamente operacionais e funcionam de forma independente.

"O problema é que existem duas instituições que funcionam muito bem na Ucrânia sitiadas por oligarcas, mas também por forças do próprio partido do presidente. São o Gabinete Nacional de Combate à Corrupção e Procuradoria anticorrupção. Por isso, há uma grande luta pela independência política destas duas instituições que são cruciais", lembrou, em entrevista à Euronews, Gustav Gressel, do Conselho Europeu das Relações Exteriores.

A União Europeia também reafirmou o apoio total à integridade territorial da Ucrânia.

Esta segunda-feira, mais oito pessoas foram adicionadas à lista de sancionados do Conselho da União Europeia por apoiarem ações que comprometem a integridade territorial e a independência da Ucrânia relacionadas com a anexação ilegal da Crimeia.

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