Petite Terre, as pequenas ilhas que são a grande casa de iguanas, pássaros e corais

Em parceria com The European Commission
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De  Aurora VelezEuronews
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Nas Antilhas de Guadalupe, Petite Terre é um santuário de fauna e flora locias. O esforço das autoridades e dos cientistas em preservá-lo deu origem a regras muito estritas para conhecer este pequeno paraíso na Terra,

Petite Terre, nas Antilhas de Guadalupe, é um paraíso de biodiversidade. Nos dois ilhéus desabitados que a compõem, fauna e flora são rainhas. A reserva nacional é, desde 1998, um reduto da "iguana delicatissima", onde vivem cerca de 10 mil espécimes, o que representa um terço da população mundial.

Mas o equilíbrio deste ecossistema terrestre e marinho está ameaçado pelo turismo e pelas alterações climáticas. Graças a um projeto europeu, um grupo de cientistas em terra e um outro especializado em espécies marinhas estão a medir, observar e proteger Petite Terre.

Léa Sabesi, que trabalha no gabinete científico desta missão, revela que "no ano passado, como parte do programa “Meio Marinho”, foi identificada uma colónia do corvos-marinhos "acropora palmata". Este ano, os cientistas decidiram caracterizar a colónia de recifes de coral, de forma a poderem acompanhar ao longo do tempo a evolução da colónia, face à fragmentação e potenciais impactos das alterações climáticas".

O projeto tem um orçamento dos quais 70,8% (391.803 euros) provêm da Política de Coesão Europeia. A reserva tem 842 hectares de mar, protegidos de todos os tipos de pesca, e 148 hectares de terra.

Existem 165 espécies de aves em Petite Terre. Anthony Levesque é ornitólogo e nos seus 23 anos de observação, pôde observar que algumas delas, como a rola-do-mar, ou o pilrito-semipalmado, estão em declínio.

"Mas nem tudo são más notícias", ressalva o ornitólogo. "Temos o exemplo das andorinhas-do-mar: não só conseguimos aumentar, ou pelo menos estabilizar o número de pares que se instalam todos os anos para se reproduzir, mas sobretudo, graças à instalação de plataformas, temos dezenas e dezenas de crias que todos os anos começam a voar, e só isso é realmente fantástico".

uma multa por infração pode ir até aos 1500 euros, a oposição ao controlo vai até aos 75 mil euros
Alain Saint-Auret
Chefe da guarda em Petite Terre

A Petite Terre só se pode chegar de barco e é proibido ancorar para proteger o coral. Os mergulhadores acreditados para entrar na reserva são obrigados a informar duas vezes os turistas sobre a fragilidade do ecossistema e a levá-los a fazer um passeio educativo de uma hora numa área limitada de Terre-de-bas. A outra ilhota está vedada ao público.

O chefe da guarda local, Alain Saint-Auret, explica que "as regras são muito rígidas. As pessoas não estão autorizadas a levar nada de outro lugar. Quando a polícia ambiental passa uma multa por infração, pode ir até aos 1500 euros, a oposição ao controlo vai até aos 75 mil euros".

Petite Terre é também protegida pelo recife de coral e pelo silêncio. Quem de lá volta, regressa sempre mais rico, mas também, mais humilde.

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