Tensões com a Rússia ensombram cimeira da Parceria Oriental

Os 27 estão a tentar reavivar a relação com cinco antigas repúblicas soviéticas do leste europeu.
Os líderes da Ucrânia, Geórgia, Moldávia, Arménia e Azerbaijão vieram a Bruxelas para participar na VI Cimeira da Parceria Oriental.
O objetivo inicial era estreitar os laços como o bloco comunitário, mas as tensões com a Rússia depressa ensombraram o encontro.
Esperam-se mais garantias de apoio contra uma possível agressão da Rússia, na sequência da "destabilização contínua" no leste da Europa.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu sanções contra a Rússia: "Conseguimos explicar aos nossos parceiros europeus que para nós é importante a aplicação de sanções antes em vez de depois do início do conflito porque nesse caso a escalada não vai acontecer."
Antes da cimeira, aconteceram vários encontros bilaterais, a maioria com o presidente da Ucrânia.
A Rússia reforçou a presença militar na fronteira com o país e os líderes europeus ameaçam avançar com sanções económicas severas se a integridade territorial da Ucrânia não for respeitada.
A cimeira de um só dia da Parceria Oriental também mostra o sucesso limitado da abordagem da União Europeia em relação às ex-repúblicas soviéticas.
Três delas - Geórgia, Ucrânia e Moldávia - pediram a adesão ao bloco e as respetivas aspirações estão incluídas nas conclusões do encontro.
Mas é altamente improvável que isso aconteça, até porque a Rússia também quer a zona sob a influência de Moscovo por interesses de segurança.
Na cimeira foi notória a ausência do presidente da Bielorrússia, que decidiu suspender a participação na Parceria Oriental.