Newsletter Boletim informativo Events Eventos Podcasts Vídeos Africanews
Loader
Encontra-nos
Publicidade

Bélgica adota o chamado "direito a desligar"

Bélgica adota o chamado "direito a desligar"
Direitos de autor  Copyright Euronews
Direitos de autor Copyright Euronews
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notícia Comentários
Partilhe esta notícia Close Button
Copiar/colar o link embed do vídeo: Copy to clipboard Copied

Por lei, funcionários públicos passam a poder ignorar chamadas telefónicas fora do horário laboral

A partir de hoje, os funcionários públicos belgas têm, por lei, "direito a desligar." Dito de outra forma, passam, por exemplo, a poder ignorar chamadas telefónicas do empregador fora do horário laboral.

De acordo com a nova lei, que pretende proteger os trabalhadores do excesso de trabalho e de burnout (esgotamento físico e mental), as chamadas só poderão ser feitas em "circunstâncias excepcionais".

Mas será que outros Estados-membros poderão seguir os passos da Bélgica, tornando o chamado "direito a desligar" uma norma?

Para os sindicatos esta é a altura certa para ultrapassar as lacunas nos direitos dos trabalhadores.

"Perdemos uma oportunidade, durante o processo de adaptação à digitalização. Falhámos em enfrentar os desafios. Abordámos as oportunidades - e é correto fazê-lo -, mas penso que também temos de adaptar estas inovações às necessidades das pessoas e dos trabalhadores e é exatamente isso que esperamos por parte da União Europeia," sublinhou, em entrevista à Euronews, Isabelle Schömann, da Confederação Europeia de Sindicatos (ETUC).

No ano passado, vários eurodeputados saíram em defesa de uma lei europeia para o "direito a desligar".

O objetivo passa por estabelecer requisitos mínimos sobre o teletrabalho, clarificar horários e períodos de descanso.

Para o setor privado, a legislação não é a melhor para garantir a flexibilidade para o empregador e o empregado.

"Penso que esta questão se aborda melhor através do diálogo entre o empregador e os trabalhadores. (...) O essencial é que haja um forte foco nas soluções a desenvolver ao nível das empresas porque cada empresa pode precisar de ter a flexibilidade e as respostas adequadas aos respetivos desafios particulares", ressalvou Maxime Cerutti, da Confederação das Empresas Europeias (BusinessEurope).

Estudos recentes mostram que a situação atual é prejudicial para os trabalhadores.

Estima-se que desde o início da pandemia de Covid-19, os funcionários em teletrabalho trabalhem duas vezes mais horas do que quem se encontra em escritórios.

Ir para os atalhos de acessibilidade
Partilhe esta notícia Comentários

Notícias relacionadas

Presidente do Conselho Europeu participa na Cimeira da Euronews sobre o Alargamento da UE

Nova regra da UE impõe proibição de condução em todo o bloco em caso de infrações graves

Serão os objetivos climáticos da UE afetados pela guerra comercial de Washington?