Professores em greve protestam nas ruas de Bruxelas

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Milhares de docentes e funcionários do setor do ensino concentraram-se às portas da sede do governo da federação da Valónia-Bruxelas e exigiram reconhecimento laboral

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A chuva não demoveu milhares de professores e funcionários de escolas e universidades belgas de saírem às ruas de Bruxelas.

De forma ruidosa, manifestaram-se hoje, em uníssono, à porta da sede do Governo da Federação da Valónia-Bruxelas, região francófona da Bélgica.

Fizeram greve para denunciar a gestão atual do setor do ensino, mais horas de trabalho e mais responsabilidades.

Exigem mais reconhecimento, mas quando falam em valorização dizem que não é só financeira mas acima de tudo laboral.

"Não aguentamos mais. Fazemos tudo pelos nossos alunos. Damos aulas por computador, tentamos lidar com as dúvidas, com faltas, com doenças, mas estamos cansados", disse à Euronews uma manifestante.

"Temos turmas muito grandes com crianças com deficiência que precisamos ajudar. Precisam de apoio enquanto o resto da turma faz outras tarefas. A minha primeira reivindicação é reduzir o número de alunos por turma", acrescentou uma docente em protesto.

A organização fala em cerca de 8 mil a 10 mil professores nas ruas.

Os professores dizem-se completamente esgotados por causa da crise da pandemia de Covid-19.

Denunciam reformas sucessivas do setor na Bélgica que, alegam, só servem para agravar as condições de trabalho.

Queixam-se de que as escolas são cada vez mais geridas como se fossem empresas, em que a prioridade é cortar custos e fazer muito mais com cada vez menos.

"É o melhor emprego do mundo. Adoramos o que fazemos, mas não nos dão os meios para continuarmos a gostar do nosso trabalho", lembrou uma professora.

O ministro-presidente da Federação da Valónia-Bruxelas, Pierre-Yves Jeholet, e a ministra da Educação, Caroline Désir, receberam uma delegação de manifestantes, incluindo representantes sindicais.

Se não forem ouvidos, os manifestantes prometem voltar a sair das salas de aula novamente.

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