UE: Apoio militar à Ucrânia ascende aos mil milhões de euros

UE: Apoio militar à Ucrânia ascende aos mil milhões de euros
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Ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia alcançaram hoje um acordo político para duplicar valor de financiamento

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**A Ucrânia deverá receber mais 500 milhões de euros de financiamento para comprar armas e equipamento militar ao abrigo Fundo Europeu de Apoio à Paz (FEAP).
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Reunidos em Bruxelas, os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia alcançaram hoje um acordo político para duplicar valor de ajuda, que assim ascenderá aos mil milhões de euros.

A decisão ainda terá de ser formalizada e o parlamento alemão (Bundestag), por exemplo, ainda terá de dar "luz verde" ao aumento do capital, uma vez que o fundo inicial no valor de 500 milhões de euros destinado ao envio de armamento está praticamente esgotado.

A proposta foi recentemente colocada em cima da mesa, durante a cimeira europeia informal que decorreu em Versalhes, França, a 10 e 11 de março.

Em conferência de imprensa no final do encontro desta segunda-feira, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, reforçou a mensagem de que a Europa continua unida contra a invasão da Rússia e em defesa da Ucrânia.

"Consideramos que o que está a acontecer na Ucrânia é um crime de guerra, um crime de guerra em massa cometido pelas forças armadas russas contra o povo ucraniano. Isso não pode ficar sem resposta. É por isso que saudamos a comissão de inquérito criada pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, que congratulamos a investigação do Procurador do Tribunal Penal Internacional e que recordamos a ordem deste Tribunal Internacional de Justiça para que a Rússia pare a invasão da Ucrânia", sublinhou Borrell.

Durante o encontro, a possibilidade de mais sanções também foi discutida, incluindo um embargo ao petróleo da Rússia.

A Polónia e os estados Bálticos (Estónia, Letónia e Lituânia) querem ações mais duras, incluindo o fim total do comércio com a Rússia, por terra e mar.

No entanto, países como a Alemanha pedem alguma contenção, especialmente quando se trata de energia.

"A questão sobre um embargo às importações de petróleo russo não é uma questão sobre se queremos ou não queremos. É mais uma questão sobre o quão dependentes estamos do petróleo russo e isso é diferente entre os vários Estados-membros. É por isso que é importante conversarmos juntos sobre resiliência, sobre como podemos reduzir a dependência dos países que importam petróleo e, por exemplo, a Alemanha está a importar muito, mas também outros países europeus que não conseguem parar de importar petróleo de um dia para o outro. Se pudéssemos, faríamos isso automaticamente, mas agora estamos a preparar tudo para que possamos dar esses passos no futuro próximo, muito em breve", ressalvou a ministra alemã dos Negócios Estrangeiros, Annalena Baerbock.

Os líderes europeus voltarão a discutir o assunto na cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Europeia que arranca, esta quinta-feira, em Bruxelas. O encontro contará com a presença do presidente dos EUA, Joe Biden.

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