Newsletter Boletim informativo Events Eventos Podcasts Vídeos Africanews
Loader
Encontra-nos
Publicidade

"Reenvios violentos e ilegais" de migrantes têm de acabar diz Bruxelas

Várias organizações não-governamentais denunciam comportamentos impróprios das autoridades gregas
Várias organizações não-governamentais denunciam comportamentos impróprios das autoridades gregas Direitos de autor  AP Photo/Emrah Gurel
Direitos de autor AP Photo/Emrah Gurel
De Alice Tidey
Publicado a
Partilhe esta notícia Comentários
Partilhe esta notícia Close Button
Copiar/colar o link embed do vídeo: Copy to clipboard Copied

O aviso da Comissão Europeia dirigiu-se à Grécia

PUBLICIDADE

A Comissão Europeia diz que as "deportações violentas e ilegais de migrantes" têm de parar, depois de a Grécia ter sido novamente acusada de reenvios forçados (pushbacks).

O alerta foi feito pela comissária europeia com a pasta dos Assuntos Internos, Ylva Johansson, na sequência de uma reunião, na semana passada, com ministros gregos.

Johansson referiu que os fundos da União Europeia (UE) estão "ligados à aplicação correta dos direitos fundamentais da UE" e saudou uma "nova proposta para integrar os direitos fundamentais" no sistema de asilo da Grécia.

"Satisfeita com a informação de que estará em vigor até ao dia 1 de setembro", ressalvou também no Twitter.

A Grécia é acusada há anos de reenviar, de forma ilegal, migrantes a partir da fronteira com a Turquia e em mar.

As organizações não-governamentais (ONG) condenaram a violência usada com o Monitor Euro-Mediterrânico de Direitos Humanos, alegando que em fevereiro foram encontradas 12 pessoas mortas na fronteira turca, “vítimas de reenvios ilegais gregos e de jogos políticos desumanos que prendem migrantes em terras de ninguém negligenciadas.”

A Human Rights Watch, outra ONG, disse que "as autoridades gregas estão a agredir e a roubar requerentes de asilo e migrantes afegãos, incluindo crianças, antes de os empurrar de volta para a Turquia através do rio Evros."

Uma investigação jornalística divulgada no início deste ano encontrou provas de que quase mil foram reenviados para o Mar Egeu entre março de 2020 e setembro de 2021 por autoridades gregas e funcionários da Frontex, a Agência Europeia de Guarda de Fronteiras e Costeira.

O escândalo provocou a demissão do diretor da Frontex, Fabrice Leggeri, enquanto os eurodeputados se recusaram a aprovar o orçamento da agência exigindo ver, antes, o resultado de uma investigação de um ano realizada pelo Organismo Europeu de Luta Antifraude (OLAF) sobre alegadas violações de direitos humanos na fronteira contra migrantes.

Atenas negou tais acusações, criticando a falta de solidariedade de outros Estados-membros da UE em lidar com o fluxo de pessoas.

Também atacou Ancara, acusando o país vizinho de alimentar as tensões ao permitir a passagem de migrantes pela fronteira. Ao que tudo indica, a Grécia iniciou investigações contra funcionários de organizações não-governamentais, acusados de tráfico de migrantes.

Ir para os atalhos de acessibilidade
Partilhe esta notícia Comentários

Notícias relacionadas

"Livro Negro do Reenvio Forçado" revela práticas ilegais nas fronteiras da UE

Traficantes de migrantes para o Reino Unido detidos em vários países europeus

Bélgica "preocupada" mas não intimidada com reação negativa às sanções contra Israel