Bruxelas admite fixar um teto para o preço do gás russo

Alguns dos ministros da Energia da UE
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De  Efi KoutsokostaAna Lazaro
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Bruxelas admite fixar um teto para o preço do gás russo

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Multiplicam-se os apelos para impor um teto máximo para o preço das fontes de energia importadas da Rússia.

O G7, que junta os sete países mais ricos do mundo, apela a "uma grande coligação" de países para estabelecer esse teto nos preços do petróleo.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou que "a Europa precisa de impor um limite nos preços do gás" importado da Rússia.

"Putin prefere queimar o gás em vez de o entregar de acordo com o contrato que tem com a Europa e com outras regiões. Acredito, firmemente, que chegou o momento de estabelecer um preço máximo para o gás que chega da Rússia usando o gasoduto para a Europa", disse Ursula von der Leyen, nessa reunião, hoje, na Alemanha.

A chefe do executivo europeu também quer pôr fim aos lucros exorbitantes das empresas fornecedoras de eletricidade. A ideia é impor um teto máximo para o preço da energia produzida nas empresas que não recorrem ao gás, mas a fontes renováveis, tais como a hidráulica, solar ou a nuclear.

Estes setores apresentavam antes preços mais baratos, mas agora obtêm lucros extra porque o preço final da eletricidade tem como referência o preço do gás.

Existe uma proposta para redirecionar esses lucros para os consumidores, através da intervenção estatal, que os usaria para dar apoios extraordinários.

"A electricidade tem um preço único, que é fixado pela unidade marginal mais cara. Atualmente é o gás, como é óbvio. O objetivo em vista é assegurar que essas empresas não fiquem com todos os enormes lucros que, subitamente, passaram a ter. Deve ser o Estado a arrecadar essas verbas e a encaminhá-las para as famílias e empresas", explicou o analista Simone Tagliapietra, do Instituto Bruegel.

Outra proposta passa por reduzir, de forma coordenada, os consumos de eletricidade, especialmente durante os chamados horários de pico.

Tanto os cidadãos como as empresas são chamados a fazer esse esforço, com os governos de cada país a estabelecerem objectivos nacionais de poupança.

Sugestões que serão analisadas numa reunião dos ministros da Energia da União Europeia, a 9 de setembro, em Bruxelas.

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